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Agricultura

PDT quer Osmar Dias para ministério da Agricultura

O PDT nacional se encontra nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro, para deliberar sobre a indicação do senador Osmar Dias para o Ministério da Agricultura. O senador afirmou nesta quinta-feira que não irá ao encontro, pois já sabe que seus companheiros de partido vão ficar na base de apoio ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Não recebi contato algum de ninguém do governo. O PDT vai para a base governista. Resta saber se vai com cargos ou não", disse Osmar. "Eu defendo que não, que fique independente. Mas há os que pensam de forma contrária, como o deputado federal Miro Teixeira e o presidente pedetista Carlos Luppi", afirmou o senador.

Osmar admitiu, porém, que sempre sonhou em ser ministro da Agricultura. "Mas não existe candidatura de ministro. Claro que sou um técnico da área e sempre tive o desejo. Mas se fosse convidado, teria de avaliar."

Na análise de Osmar Dias, ele poderia colaborar muito com o Paraná como ministro da Agricultura. Mas para isso e para aceitar a função, teria de ter uma longa e séria conversa com Lula. "Há fatores combinados que devem ser discutidos. Ser ministro para ocupar cargo, não me interessa. O Ministério teria de ter orçamento próprio, autonomia, coordenar as políticas de créditos rurais do país e ser o direcionador das pesquisas da Embrapa, por exemplo", disse ele. "Se eu não puder pôr em prática minhas idéias, não vale a pena. Hoje, o Ministério da Agricultura não dá conta nem da questão de sanidade animal no país."

Quanto a problemas políticos que envolveriam sua nomeação para o cargo – ele apoiou Geraldo Alckmin (PSDB) para presidente, e Lula ficou ao lado de Roberto Requião no Paraná –, Osmar Dias afirmou que considera que o PDT não deveria pleitear nada, como estariam fazendo alguns membros do partido. "O apoio deveria ser institucional. Sem pressões. E o Lula sabe da minha posição e eu não me esqueci da dele", disse o senador.

Osmar Dias se reuniu, no fim do ano, com Lula, a convite do presidente. "Mas ele só tratou comigo do apoio do partido ao governo federal." Pedetistas garantem que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) sondou Osmar para a vaga, a pedido de Lula.

Osmar afirmou também que, na possibilidade de se tornar ministro do governo do PT, não teria a relação com o prefeito Beto Richa (PSDB) afetada. "Eles sabem que poderia ajudar muito o estado. E sabem que apoiarei o Beto em 2008", disse. O senador prometeu ainda, caso seja ministro, ter boa relação com o PMDB de Requião. Muitos peemedebistas estão receosos com o fato.

O secretário de Estado de Agricultura, Newton Pohl, afirmou ser natural o Paraná ter nomes lembrados para o ministério da área, devido ao fato de ser uma região de importância agrícola. "O Osmar tem competência. Mas estamos em partidos diferentes. Portanto, desejaria que o ministro fosse do nosso grupo, como o vice-governador Orlando Pessuti", disse ele. No dia da posse, em 1.° de janeiro, Pessuti afirmou que estava cotado para o cargo.

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