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O governo Roberto Requião tentou implementar um pedágio de manutenção este ano, mas a idéia não foi adiante. O sistema serviria para "provar" que o pedágio pode manter as estradas em bom estado e ser mais barato do que é. Se desse certo, hoje os usuários estariam pagando tarifa também nas estradas administradas pelo estado.

O cronograma previa que em outubro as praças de cobrança estariam em funcionamento. A idéia original era recuperar 843 quilômetros e depois cobrar preços até seis vezes mais baixos que os praticados pela iniciativa privada.

Mas o projeto foi abandonado por questões técnicas e políticas. O fluxo de veículos inviabilizava economicamente o serviço e a implantação de novos pontos de cobranças teriam um custo político muito alto para a gestão que prometia o fim do pedágio. A posição oficial é que os demais impostos arrecadados são suficientes para garantir a conservação das estradas.

Agora, o governo está recuperando a malha rodoviária estadual, que representa um patrimônio avaliado em R$ 10 bilhões, no qual devem ser investidos, até 2006, R$ 800 milhões. A meta do governo é reduzir para 5% o índice de estradas consideradas ruins.

Pelos dados do Departamento de Estradas de Rodagem, em 2002, 39% – ou 4 mil quilômetros de rodovias – não tinham condições de tráfego. Para o governo, boa parte do desgaste seria conseqüência da implantação do pedágio, que fez muitos motoristas buscarem rotas alternativas. Para garantir a conservação das rodovias recuperadas, o governo pretende instalar novas balanças, evitando a passagem de veículos com carga acima da permitida.

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