No primeiro dia útil com a nova ciclovia da avenida Paulista aberta ao tráfego, ciclistas e pedestres estão convivendo bem. Nesta segunda (29), o movimento de bicicletas desde o início da manhã não causou problemas na travessia dos pedestres na via.
Nem mesmo idosos ou pessoas com mobilidade reduzida tiveram problemas. Um exemplo disso é o auxiliar de serviços Ivan de Andrade, 56, que usa uma prótese na perna direita e uma bengala. “O tempo para atravessar não é grande, mas dá para eu passar. E as bicicletas, pelo que eu vi, param no sinal também”, disse.
Aos 80 anos, a aposentada Ruth Pereira também atravessava a via sem receio. “Mas eu acelero, mesmo porque, depois que eu passo o canteiro central, o semáforo começa a piscar.”
Montada em sua bike, a engenheira ambiental Maira Bombachini, 31, foi pela primeira vez para o trabalho usando a via. Cicloativista, ela diz ter aprovado o funcionamento no primeiro dia útil. “A prioridade é sempre o pedestre pelo código de trânsito. Estou satisfeita”, afirmou.
Apesar de nenhum problema sério ter sido registrado, alguns pedestres atravessaram a avenida fora da faixa e caminharam pela ciclovia.
No cruzamento da Paulista com a Augusta, um morador de rua -aparentemente embriagado- resolveu dormir ao sol, no meio da ciclovia. Durante meia hora, os ciclistas que trafegavam no sentido Paraíso tiveram que desviar do homem, que acabou sendo retirado por dois policiais militares, que também circulavam de bicicleta.
O maior movimento de ciclistas ocorreu por volta das 8 horas e começou a diminuir a partir das 9 horas. A maior parte deles disse à reportagem que usavam a via exclusiva para ir ao trabalho.
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