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Urbanismo

Pedestres voltam a cruzar BR a pé depois da retirada de cercas

Durante uma hora, entre 18 e 19 horas, as câmeras do Centro de Controle Operacional da Ecovia flagraram 40 pessoas atravessando a rodovia fora da passarela nas proximidades do quilômetro 82 da BR-277, onde está sendo construída uma trincheira. A passarela fica a menos de 200 metros do local usado pelos pedestres. Desde o começo de junho, quando tiveram início as obras da prefeitura na região, as grades que impediam a travessia foram retiradas, deixando um espaço de 120 metros sem telas.

De acordo com a concessionária, o número de pessoas que cruza a pista em meio aos carros tem sido maior nos horários de pico, ou seja, no início da manhã, na hora do almoço e no fim da tarde, períodos em que as pessoas vão ou voltam do trabalho. "A combinação é ainda mais perigosa, uma vez que temos um tráfego modificado neste ponto, com homens e máquinas trabalhando e um fluxo de quase 3 mil veículos por hora nos horários de pico", alerta o diretor-superintendente da Ecovia, Evandro Couto Vianna.

Embora não tenha sido registrado nenhum acidente no local, o risco torna-se maior com a chegada das férias de julho. Espera-se que o movimento na BR chegue a 315 mil veículos nos dois sentidos durante o mês. Além disso, nessa época também é maior o número de crianças circulando a pé pela região. "Enquanto os pais trabalham, muitos filhos ficam em casa e se deslocam para brincar na casa dos amigos que moram do outro lado da estrada. Daí a importância de reforçar a mensagem de que a travessia dever ser feita somente pela passarela", diz.

Na manhã de ontem, das 6 às 11 horas, a Ecovia realizou uma ação de conscientização intitulada "Fique Acima do Tráfego". Cerca de 500 moradores da região foram abordados e alertados sobre o perigo de fazer a travessia pela rodovia. De acordo com dados da concessionária, desde que foram instalados os dez quilômetros de telas ao longo do perímetro urbano entre Curitiba e São José dos Pinhais, há dez meses, não foi registrado nenhum atropelamento na região.

Atualmente existem sete passarelas e três passagens subterrâneas nesse trecho. No ano 2000, quando havia apenas três passarelas, ocorreram 50 atropelamentos que resultaram em 20 mortes. Em 2004, quando novas passarelas foram instaladas, este número caiu para 32 acidentes, com nove mortes. No mesmo ano, foram instaladas telas nos 300 metros anteriores e porteriores às passarelas, mas mesmo assim a população insistia em atravessar pela rodovia. Somente em 2006, com a colocação das telas em todo o percurso os acidentes pararam de acontecer.

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