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Em Curitiba

Pela terceira vez, governo anuncia fechamento de carceragens de delegacias

Pela terceira vez no ano, o governo do Paraná anunciou nesta quarta-feira (20) o fechamento das delegacias de Curitiba. Os presos não poderão mais ficar nas carceragens dos distritos policiais e delegacias especializadas mais do que o tempo necessário para a lavratura do flagrante. Todos os presos permanecerão provisoriamente na carceragem do 11.° DP, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), que funciona como Centro de Triagem, e passará por obras de reparo e ampliação.

Um ato simbólico de fechamento da carceragem da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) foi realizado por membros da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) e pela Polícia Civil. A intenção é que em outras cidades do Paraná, ainda em agosto, sejam instalados comitês de transferência de presos para acabar com a superlotação das delegacias dessas cidades.

Esta não é, entretanto, a primeira vez em que o governo anuncia o fechamento das carceragens. No dia 7 de março deste ano, um ato simbólico também foi realizado no 1.° DP de Curitiba. Naquela ocasião, houve nova promessa de que todos os presos de distritos da capital seriam recolhidos para o 11.° DP, além da promessa de esvaziamento da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), DFR e dos demais distritos da Região Metropolitana.

Em maio, uma fuga de presos da delegacia de Colombo, que deixou policiais civis feridos, fez o governador Beto Richa assinar um decreto que determinou a retirada, em até 60 dias, de 1,2 mil presos de delegacias de Curitiba e Região Metropolitana e o esvaziamento dessas carceragens, a exceção do 11.° DP, que continuaria como Centro de Triagem.

Remoção

A ideia do governo, segundo a secretária de Justiça, Maria Tereza Uille Gomes, é que, com a ampliação de vagas do sistema penitenciário o problema da superlotação nas delegacias seja resolvido. "Nós temos ainda 8.900 presos em delegacias do Paraná. Nós ainda temos o que solucionar sim. Temos 20 projetos de construção de unidades para 6,7 mil vagas em um ano e estamos finalizando processo de contratação de tornozeleiras", explica.

O 11.º DP receberá obras de reparo e ampliação de vagas para continuar recebendo os presos da Grande Curitiba, em caráter provisório. Segundo o secretário de Segurança, Leon Grupenmacher, em dois meses o distrito terá o problema de superlotação resolvido. "Vai funcionar como centro de triagem até que possamos esvaziar também. Em todas as delegacias estão sendo retiradas as grades. Nós não queremos mais presos em delegacias."

Nesta quarta (20), o 11.° DP recebeu seis agentes de cadeira – o local funcionava sem os agentes desde a última fuga, no início de agosto.

Depois da retirada dos presos da delegacia da CIC, a ideia é que os presos passem direto para o regime prisional. Para isso, cada uma das nove regiões do estado em que está dividida a administração carcerária da Seju terá uma unidade prisional que funcionará como local provisório para pessoas presas pela Polícia Civil e que aguardam mandado de prisão. Essas unidades, entretanto, não vão passar por ampliação de vagas pois, segundo a Seju, a ideia é que o preso fique no local de forma provisória.

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