Pelé lançou nesta sexta-feira, em Curitiba, o Instituto Pelé Pequeno Príncipe, uma instituição filantrópica que realizará pesquisas sobre doenças complexas que atingem crianças e adolescentes e ainda apresentam limitações no tratamento ou diagnóstico
O rei do futebol é também o embaixador da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e emprestou sua imagem para arrecadar fundos para construir a instituição.
A proposta é focar em doenças com maior incidência no Brasil, como o tumor de cortex adrenal que acontece com mais freqüência no Paraná, em crianças com em média 4 anos de idade. No caso de doenças mais comuns, como tumores em geral, o HIV, doenças degenerativas, etc., o primeiro objetivo do instituto será gerar conhecimento para igualar os índices de cura brasileiros aos internacionais. Para se ter uma idéia, nos EUA em 74% dos casos de câncer se chega a cura; no Brasil o índice é pouco maior que 50%.
O projeto fez Pelé novamente "vestir a camisa": "Desde aquela declaração (a do milésimo gol, em 1969, dedicado a todas as criancinhas do Brasil) venho participando de várias campanhas, mas essa é o primeira que considero efetiva. É o primeiro projeto que tenho certeza do resultado positivo", afirmou ele, que preferia ter visto já naquela época algo mais abrangente ser feito. "Se tivessem olhado para as crianças quando eu falei, no sentido de dar principalmente educação, hoje estaríamos em situação muito melhor. Os bandidos de agora são os filhos daquelas crianças por quem eu havia pedido."
A presença do atleta do século na instituição servirá, acima de tudo, para dar credibilidade e ajudar na captação de recursos. O projeto inicial é de que em cinco anos a sede do instituto (que deverá ter 12 mil m2) e toda a infra-estrutura necessária (aparelhos para estudos de genética molecular e biologia celular, por exemplo) esteja completa, num terreno na avenida Silva Jardim, que fica ao lado do hospital. Para isso, serão necessários US$ 20 milhões.
Por enquanto, as pesquisas serão realizadas em uma área de 1 mil m2, também próxima do hospital. Os recursos iniciais serão fornecidos pela mantenedora do Pequeno Príncipe, a Associação Hospitalar de Proteção à Infância Dr. Raul Carneiro. A primeira ação prática começa imediatamente: todos os recém-nascidos que passarem pelo hospital poderão fazer o teste de DNA que diagnostica o tumor de cortex adrenal. Se for constatado que a criança tem tendência à doença,ele passará a ser observada periodicamente.
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