Um homem que cumpre pena na Casa de Custódia de São José dos Pinhais, na região metropolitana, comandava pelo celular diversos pontos de tráfico em bairros da área norte de Curitiba. O esquema foi descoberto após três meses de investigações, que contaram com diversas horas de gravações de ligações telefônicas. A operação batizada de Conexão terminou com outras oito pessoas presas. Dois suspeitos estão foragidos.
Condenado por tráfico de entorpecentes, Alexandre Boni do Nascimento, de 29 anos, é apontado como o cabeça da quadrilha. De acordo com o delegado Vinícius Augusto de Carvalho, do 4º Distrito Policial, o acusado usava um celular para comandar vários pontos de tráfico em bairros como Tingüi, Boa Vista e Pilarzinho. Em depoimento, o detento afirmou ter feito pagamento de R$ 5 mil para conseguir que o aparelho celular entrasse no presídio. "Boni do Nascimento orientava as entregas e chegava a negociar a droga com usuários e fornecedores. Ele também fazia cobranças e determinava o que seria feito com o dinheiro", disse o delegado.
Nesta quinta-feira (2), seis pessoas apontadas como "braços" da quadrilha foram presas em Curitiba. São elas: Eliane de Fátima Gonçalves de Morais, de 35 anos, Geremias de Oliveira Paes, de 19 anos, Júnior Cézar Carneiro Martins, de 22 anos, Ruan Amauri Scheneider de Ramos, de 20 anos, Eva Solange dos Santos Leite, de 47 anos e Francini de Fátima Antonio, de 31 anos. Outras duas pessoas Willian Gonçalves dos Santos e Junior do Nascimento já haviam sido detidos na operação. Outro suspeito morreu em abril, em uma provável disputa por pontos de venda de drogas.
Segundo o delegado, a quadrilha estava bem articulada e cada um dos integrantes tinha função pré-definida. "Um era responsável por entregar a droga de moto, outro vendia. A companheira de Boni do Nascimento [Eliane Morais] era responsável pelos depósitos e por manter contato entre os outros integrantes", explicou. Com o grupo foram encontrados diversos aparelhos celular, um revólver calibre 38, um simulacro e diversos aparelhos eletrônicos (provavelmente trocados por drogas), além de dinheiro."Traficantes pequenos"
O delegado Vinícius de Carvalho explicou que as investigações começaram depois que a polícia localizou um pequeno ponto de tráfico, no bairro Tingüi. A partir de então, o distrito aprofundou os trabalhos, até identificar os outros integrantes do grupo e confirmar o comando de Boni do Nascimento.
"Os pontos de tráfico são considerados pequenos, mas são estes que mais incomodam a população. Isso porque esses traficantes trocam drogas por qualquer tipo de objetos, o que fomenta outros tipos de crimes, como roubos e furtos", disse o delegado.
Todos os presos inclusive Boni do Nascimento foram presos temporariamente por associação ao tráfico de drogas. As investigações vão ser intensificadas para descobrir se a quadrilha contava com mais integrantes. A polícia também vai investigar como o celular foi entregue ao preso.
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