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O governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, está acompanhando o caso da paranaense Nariman O.C., de 21 anos, que estaria impedida de sair do Líbano. O Itamaraty afirmou nesta quinta-feira (31), no entanto, que a proibição para a viagem de Nariman não teria relação com o grupo xiita Hezbollah, mas seria em razão de uma pendência que a paranaense teria com a Justiça libanesa. A jovem está grávida de quatro meses e tem um filho de 6 anos.

Além do entrave judicial, não detalhado pelo Itamaraty, sob a lei islâmica, por ser casada com o libanês Ahmad Holeihel, a brasileira seria impedida legalmente de sair do país com o filho sem a autorização do pai. O Ministério das Relações Exteriores afirma que o consulado brasileiro no Líbano está prestando todo o tipo de apoio à paranaense para as negociações com autoridades libanesas, enquanto o Itamaraty mantém contato com os pais da jovem no Brasil.

Enquanto isso, Nariman estaria tentando, com um advogado, reverter a decisão do tribunal de Justiça de Baalbek, mantendo-se, com o filho, nas dependências da organização não-governamental Kafa, que ajuda mulheres vítimas de violência doméstica.

No dia 21 de julho, Nariman foi impedida de embarcar para o Brasil com o filho no aeroporto de Beirute. De acordo com a BBC Brasil, ela decidiu pedir ajuda da embaixada brasileira no país para retornar para Paranaguá, no litoral do Paraná, alegando que sofria constantes agressões de seu marido, que seria simpatizante do grupo extremista Hezbollah.

Ainda segundo a BBC, o aeroporto é pivô de uma briga entre o grupo e o governo, sendo que atualmente o grupo extremista detém o controle do local. A paranaense disse não entender porque não pode deixar o país. "Não sei qual a queixa contra mim que me impede de voltar ao Brasil, mas já conversei com o advogado para ver minhas opções legais", afimrou. A brasileira seria natural de Paranaguá, no Paraná, e no início do ano chegou ao Líbano com o marido e o filho.

Agressões

A família morava em Baalbek, no Vale do Bekaa, a 90 quilômetros de Beirute. Segundo Nariman, seu marido a espancava constantemente e a ameaçava de morte. Desde então ela e o filho teriam trocado de endereço algumas vezes para fugir da violência do pai.

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