Droga apreendida com o casal acusado| Foto: Sesp - Carlos Soares
Segundo a delegada Camilla Seconello, um dos acusados já era monitorado pela Denarc
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Um laboratório de refino de cocaína funcionava em um dos quartos de uma pensão localizada no Jardim Cláudia, em Pinhais, na região metropolitana da Curitiba. Lá, policiais da Divisão de Narcóticos (Denarc) encontraram mais de 2,5 quilos da droga, além de produtos químicos e utensílios utilizados no preparo do entorpecente. Um casal apontado como responsável pelo quarto está preso.

A operação que culminou com a descoberta do laboratório começou na noite de segunda-feira (14). Após armar um cerco na rodovia BR-277, próximo ao Parque Barigui, em Curitiba, a Denarc apreendeu um Renault Scenic que transportava 72,6 quilos de maconha. A droga estava dividida em tijolos e escondida em compartimentos falsos, sob os bancos e laterais.

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Os ocupantes do carro – Iverson da Silva Mendes, de 23 anos, e Viviane Guedes, de 18 anos – foram presos em flagrante por tráfico de drogas. Segundo a delegada Camilla Cecconello, Mendes era monitorado pela Denarc, que descobriu que o acusado buscaria a droga em Guaíra, no Oeste do estado. "Ele [Mendes] havia comprado o Scenic há pouco tempo. A droga seria distribuída a traficantes do Bairro Alto, em Curitiba, e de Colombo, na região metropolitana", explicou Camilla.

Com a prisão do casal, a Denarc recebeu denúncias de que os dois seriam a ponta de uma quadrilha que também atuava no refino de cocaína. A partir de então, os policiais chegaram à pensão, onde localizaram o laboratório. No quarto, além de 2,5 quilos de cocaína, foram encontrados 5 mil frascos nos quais a droga era comercializada. Destes, 1,1 mil já estavam recheados com cocaína e prontos para a venda. Também foram apreendidos um liquidificador usado no refino, duas balanças de precisão e produtos químicos.

Segundo Camilla, a cocaína era refinada pela dupla a partir de pasta-base da droga. Há indícios de que eles integrem uma quadrilha maior. "Nosso objetivo agora é identificar essas outras pessoas", disse a delegada. De acordo com a Denarc, não há indícios de que os proprietários da pensão tivessem ciência da atividade criminosa. A maconha e a cocaína apreendidas foram avaliadas pela polícia em R$ 75 mil.