"Todas as pessoas foram crianças", lembra o sobrinho de Exupéry
O francês François DAgay é sobrinho de Antoine de Saint-Exupéry, autor do livro O Pequeno Príncipe. O personagem criado pelo escritor encantou milhares de crianças e adultos em todo o mundo e alcançou a marca de 80 milhões de exemplares vendidos. É do "principezinho" a frase "O essencial é invisível aos olhos". Atualmente, DAgay é presidente da associação que cuida da marca e do legado deixados pelo tio. Ele veio a Curitiba para a inauguração da ampliação do Hospital Pequeno Príncipe.
História do hospital começou em 1919
A fundadora da Associação Hospitalar de Proteção à Infância Dr. Raul Carneiro, Ety Gonçalves Forte, decidiu dar o nome Pequeno Príncipe ao hospital devido à mensagem transmitida pelo livro de mesmo nome. Ela conta que, quando assumiu a administração como voluntária, na década de 60, faltavam alimentos, medicamentos e fraldas. "Certo dia estava sem esperanças, mas aí lembrei da frase do livro que diz: Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas", lembra Ety. "Nossa missão é garantir que as crianças sejam mesmo tratadas como pequenos príncipes e tenham um pouco de dignidade". A história começou em 1919, quando as primeiras crianças começaram a ser atendidas. Na década de 50, o nome mudou para Hospital de Crianças Dr. César Pernetta. A associação presidida por Ety inaugurou o Pequeno Príncipe em 1971. (PC)
O Hospital Pequeno Príncipe inaugurou ontem quatro novos andares com 80 leitos. A estrutura possibilitará o atendimento de mais 6 mil crianças por ano, totalizando uma média de 260 mil atendimentos ambulatoriais e 23 mil internações. São mais 3,8 mil metros quadrados. Um pavimento é exclusivo para Unidades de Terapia Intensiva (UTI), dois são destinados para apartamentos e no último andar foram construídos dois auditórios, bibliotecas e salas para educação. O evento contou com a participação do francês François DAgay, sobrinho do escritor Saint-Exupéry, autor do livro O Pequeno Príncipe.
Quem gostou da ampliação foi João Vítor May, 2 anos. Ele é uma das crianças que já estão na nova ala do hospital e não pensou duas vezes em começar a chorar quando a mãe disse que era hora de ir embora. O garoto não queria deixar o quarto e só saiu quando a mãe prometeu que eles iriam até o saguão do terceiro andar para ver a brinquedoteca. "Nunca vi uma criança não querer ir embora de um hospital", diz a mãe, Juliana Betina May. O hospital tem uma estrutura voltada exclusivamente para crianças, com espaços lúdicos para atividades de educação, como sala de leitura e informática. O Pequeno Príncipe é considerado o maior hospital infantil do Brasil. Metade dos pacientes é de Curitiba, 5% vêm de outros estados e os demais vêm do interior do Paraná. Cerca de 70% dos atendimentos são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que gerou no ano passado um déficit de quase R$ 10 milhões.
Para fazer a ampliação, o hospital contou com o apoio do Fundo da Infância e Adolescência (FIA), que aprovou um projeto no valor de R$ 8,8 milhões. O dinheiro foi repassado para o FIA por meio do Imposto de Renda, que habilita os projetos a receber diretamente 6% do imposto de pessoa física e 1% de pessoa jurídica. Mais de cem empresas de todo o país contribuíram para equipar e mobiliar a estrutura, além do governo do estado, que investiu R$ 3 milhões para a ampliação física. Empresários também viraram padrinhos da idéia. Eles foram indicaram outros parceiros e mobilizaram redes de relacionamento para apoiar o projeto. A iniciativa de utilizar recursos do Imposto de Renda também será utilizada para a renovação da infra-estrutura tecnológica e readequação do espaço físico antigo.
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