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NOVIDADE | Mauro Campos
NOVIDADE| Foto: Mauro Campos

Para algumas crianças, o domingo não marcou apenas o início da primavera e, conseqüentemente, a chegada de tempos mais quentes e coloridos. Foi também uma forma de quebrar a rotina – nem de perto tranqüila e serena –, com a comemoração do Dia Nacional do Sorvete na Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia (APACN). Após mágicas e brincadeiras, a "Fada do Sorvete" distribuiu 300 bolas da guloseima para crianças atendidas pela APACN e visitantes que participaram do primeiro APCN Family Day.

Um dos que se "lambuzaram" foi André Luiz Cardoso Laudares, de 10 anos. Há cinco meses ele e a mãe, Francinete, deixaram a cidade de Araguaina, no Tocantins, para tratar uma leucemia. "Deixamos não só a cidade, mas também a família", disse a mãe, que tem mais dois filhos, um de 18 anos e um de apenas 9 meses. Como passam grande parte de seu tempo no hospital – ele realizou o transplante de medula óssea há 90 dias – toda a agitação era incrivelmente atraente para o menino. "Estou adorando o sorvete, a brincadeira, tudo. Agora posso ir?", perguntou o garoto.

Para os voluntários, o dia foi mais que comemorar uma data. "É mais que doar sorvete, é dar alegria a estas crianças. Isso me traz uma satisfação pessoal imensa", confessou Hélio Granotto Viero, dono da Granotto Sorvetes e responsável pela distribuição. Ele explicou que a data, comemorada desde 2001 em Curitiba pela Associação de Fabricantes de Sorvetes do Paraná (Afasorv) também tem como intuito aumentar o consumo do alimento. "O objetivo é informar as pessoas sobre as suas qualidades, e tirar aquela velha impressão de ele faz mal. Para estas crianças com câncer, por exemplo, ele é uma ótima opção, já que muitas têm dificuldade em ingerir sólidos e quentes. Então, ele serve até como anestésico, além de ser muito nutritivo", afirmou o empresário.

Family Day

A comemoração fez parte das atividades da primeira edição do APCN Family Day, evento que tem como objetivo integrar as famílias de crianças com neoplasia e a sociedade como um todo, além de arrecadar recursos para a ampliação do ambulatório que atende, diariamente, cerca de 60 pequenos pacientes.

"A idéia foi criar algo que trouxesse parceiros para a APACN, empresários que pudessem compreender o nosso trabalho e nos ajudar", afirmou a presidente da Associação, Mariza Del Claro. De acordo com a organização, cerca de 1,5 mil pessoas estiveram presentes – entre elas, 200 crianças –, que deverá fazer parte da agenda anual da entidade.

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