A pequena cidade de Tapira, no Noroeste do estado, não tem hospital – apenas um posto de saúde. Exames simples (como ultrassom e raio-x) precisam ser realizados em cidades vizinhas. Duas vezes por semana, a Secretaria Municipal de Saúde transporta quem precisa desses cuidados básicos de saúde até Umuarama, distante 80 quilômetros, ou para Cidade Gaúcha, a 20.

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Parte desse transtorno poderia ser evitado se a cidade tivesse recebido R$ 100 mil previstos no orçamento da União. O dinheiro deveria ser utilizado para comprar os equipamentos necessários para realização de exames. O prefeito Hélio Belter esteve em Brasília há cerca de 15 dias e recebeu a garantia do Ministério da Saúde de que os recursos seriam liberados ainda neste ano. "Mas eu só vou comemorar quando o papel estiver assinado", diz.

Em Tibagi, município dos Campos Gerais, outros R$ 100 mil que tinham que ser repassados pelo governo federal para a compra de ambulâncias também estão fazendo falta. A cidade tem apenas três veículos para atender os cerca de 19 mil habitantes, diz a secretária de saúde de Tibagi, Maria Isabel Gomes. Sem um hospital que realize pequenas cirurgias ou cesarianas na cidade, as ambulâncias ficam sobrecarregadas, já que têm de transportar diariamente pacientes para centros médicos de outros municípios.

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Liberado

Em Cruzeiro do Oeste, no Noroeste, administrada por Zeca Dirceu, filho do ex-ministro José Dirceu, a situação é um pouco melhor. Demorou, mas o município recebeu, em novembro, R$ 180 mil da União. O secretário municipal de Saúde, Edilberto Villa Nova Sobrinho, afirma que o dinheiro será aplicado na aquisição de equipamentos e na reforma e ampliação de um posto de saúde.

Para o Hospital Vicentino, em Ponta Grossa, o ano vai acabar com o dinheiro repassado pela União já aplicado na compra de equipamentos. O hospital conseguiu a liberação de R$ 323 mil. Mas, para obter o dinheiro que era de seu direito, teve que recorrer à ajuda do deputado federal Affonso Camargo (PSDB).