De acordo com o levantamento, divulgado nesta quinta-feira (2) pelo instituto, 85% dos entrevistados no Nordeste disseram ter "muito medo" de serem vítimas de assassinato. O menor índice foi registrado na região Sul, onde 69,9% dos entrevistados têm medo de serem assassinados.

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Quando levado em consideração os entrevistados no país inteiro, 78,6% afirmaram ter medo de serem vítimas desse tipo de crime.

Os resultados fazem parte do Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips), lançado pelo instituto. Além da sensação de insegurança, os entrevistados foram questionados sobre os serviços prestados pela polícia. A margem de erro geral de ambas as pesquisas é de 1,86%, para mais ou para menos.

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Depois do assassinato, o crime que a população brasileira mais teme é o assalto a residências. Ao todo, 68,7% dos brasileiros temem que suas casas sejam assaltadas.

Quando levada em consideração as regiões brasileiras, 77,4% dos nordestinos têm esse temor. O segundo maior índice é na região Norte com 67,0%. A região Sudeste está em terceiro lugar, com 66,2%, seguida da região Centro-Oeste, onde o índice chega a 63%. A região Sul apresenta o menor índice, de 38,2%. Em todas as regiões, a pesquisa do instituto também apontou que as mulheres têm mais medo do que os homens.

Polícia

A pesquisa do Ipea também avaliou o grau de confiança da população brasileira em relação às polícias. Segundo o levantamento, a Polícia Federal conta com o maior grau de confiança por parte da população: 82,5%. A Polícia Civil vem em seguida, com 74,1%, seguida da Polícia Militar, com 72,3%.

Segundo a pesquisa, a avaliação geral dos serviços prestados pelos policiais foi negativa. Ao todo, 61,7% dos entrevistados apontaram lentidão nos atendimentos feitos por telefone pelas policias.

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A região Nordeste também se destaca nesse ponto: 66,9% da população consideram demorado o atendimento. O menor índice foi registrado na região Centro-Oeste, com 49,5%.

A pesquisa ainda apontou a avaliação dos brasileiros quanto ao tratamento supostamente preconceituoso do policial em relação ao cidadão. Para 65,3% dos entrevistados, a polícia em um contexto geral – levando-se em consideração gênero, idade, classe social e escolaridade – é preconceituosa.