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Embora a bala que matou o estudante Eduardo de Jesus Ferreira não tenha sido encontrada, a perícia cadavérica realizada pelo Instituto Médico Legal concluiu que o disparo partiu de um fuzil, arma usada pela equipe de policiais militares que, no momento do crime, patrulhava a localidade do Areal, no morro do Alemão.

A informação foi passada nesta terça-feira (7) ao delegado Rivaldo Barbosa, da Delegacia de Homicídios do Rio, responsável pela apuração da autoria do homicídio. Eduardo tinha 10 anos. Foi morto na quinta-feira da semana passada, na escadaria em frente à casa em que morava no Areal com irmãos e os pais, José Maria Ferreira e Terezinha Maria de Jesus.

A certeza dos legistas de que o tiro fatal veio de um fuzil se deve ao estado do corpo. A bala perfurou a cabeça da criança, que ficou destroçada. Os integrantes da quadrilha criminosa radicada no complexo de favelas do Alemão também utilizam fuzis, mas as principais suspeitas recaem sobre o PMs.

As informações do inquérito da Polícia Civil e do Inquérito Policial Militar (IPM) da Polícia Militar (PM) não estão sendo divulgadas pelos investigadores. Os oito policiais que integravam a patrulha já foram interrogados. Dois deles admitiram ter disparado os fuzis que portavam no período em que o menino foi morto. Um deles, após depor, teve uma crise nervosa e precisou ser medicado.

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