O perito alagoano George Sanguinetti esteve, nesta terça-feira (7), no sítio de Bruno, em Esmeraldas, Região Metropolitana de Belo Horizonte, e recolheu fios de cabelos e amostras de sangue humano. Sanguinetti foi contratado pelo advogado Zanone Manoel de Oliveira Júnior, que defende Marcos Aparecido dos Santos, Bola, réu do desaparecimento e assassinato de Eliza Samudio, para fazer uma perícia paralela.
Segundo o perito, foram encontrados no quarto que Eliza teria ficado manchas de sangue, fios de cabelo em uma escova e um pedaço de pele que seria de uma ferida. Durante a perícia, foi utilizado luz forense, objeto que detecta a presença de sangue.
Em agosto perítos da Polícia Civil estiveram no sítio e recolheram o mesmo tipo de material. O sangue encontrado em um colchão era de uma mulher, mas não de Eliza Samudio, segundo a polícia.
Ainda de acordo com Sanguinetti, todo o material recolhido no sítio vai ser levado para o laboratório da Universidade Federal de Minas Gerais para análise. O próximo passo, segundo o perito, será a análise do carro que foi utilizado para trazer Eliza Samudio do Rio de Janeiro para Belo Horizonte.
Entenda o caso
O goleiro Bruno e Macarrão também são réus no processo que investiga a morte de Eliza Samudio. A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público contra Bruno e outros oito envolvidos no desaparecimento e morte de Eliza. Fernanda Gomes de Castro, namorada de Bruno, foi presa em Minas Gerais.
O goleiro Bruno; Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; Sérgio Rosa Sales; Dayanne Souza; Elenilson Vítor da Silva; Flávio Caetano; Wemerson Marques; e Fernanda Gomes de Castro vão responder na Justiça por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é o único que responderá por dois crimes. Bola foi denunciado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Todos os acusados negam o crime. As penas podem ultrapassar 30 anos.
A pedido do Ministério Público, a Justiça decretou a prisão preventiva de todos os acusados. Com essa medida, eles devem permanecer na cadeia até o fim do julgamento.
Em 2009, Eliza teve um relacionamento com o goleiro Bruno, engravidou e afirmou que o pai de seu filho é o atleta. O bebê nasceu no início de 2010 e, agora, está com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.
A polícia mineira começou a investigar o sumiço de Eliza em 24 de junho, depois de receber denúncias de que uma mulher foi agredida e morta perto do sítio de Bruno. A jovem falou pela última vez com parentes e amigas no início de junho.
O corpo de Eliza não foi encontrado. Mas os delegados consideram a jovem morta. Todos negam envolvimento no caso.
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