Uma das maiores dificuldades nas políticas de reassentamento é a permanência das pessoas em suas novas casas. Talvez o mais clássico exemplo de fracasso tenha sido a Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. Moradores foram removidos de suas casas, muitas vezes à força, e levados para uma região da cidade sem infraestrutura. Hoje poucos governos seguem esse caminho em função do histórico.
No caso das margens dos rios curitibanos, a Cohab propôs no projeto a construção de equipamentos de lazer. À medida que as famílias desocupam as residências, elas são demolidas. Há fiscalização para que as áreas não sejam ocupadas novamente.
Áreas públicas usadas por toda a comunidade têm chances menores de serem invadidas. Serão construídas quadras esportivas, espaços para lazer e plantadas árvores.
Além disso, os gestores afirmam ter contato constante com líderes comunitários e discutem a realocação com os beneficiários. Para a professora da Universidade Federal do Paraná Gislene Pereira, a medida é importante porque geralmente áreas pobres da cidade não têm esses equipamentos, mas é preciso manutenção para que os locais não fiquem abandonados. "Nesses processos de realocação é importante manter vínculos sociais que as pessoas têm e analisar a distância. Se um morador se locomove a pé e no novo local terá de usar dois ônibus, há um problema."