Pernambuco faz megaoperação de combate ao crime sem disparar um só tiro

Cinquenta e três pessoas presas - entre elas quatro policiais militares - e 47 mandados de busca e apreensão de drogas, armas e munições cumpridos. Este foi o balanço inicial da Operação Pernambuco Pela Vida, deflagrada nesta madrugada (28), na região metropolitana do Recife e zona da mata, com a mobilização de 662 policiais civis e militares. O secretário estadual de Defesa Social, Servilho Paiva, destacou que as ações de repressão no Estado têm sido realizadas com base em um trabalho de inteligência e em parceria com o Ministério Público e Poder Judiciário, "sem o disparo de um só tiro e sem que ninguém saia ferido".

O objetivo da Pernambuco Pela Vida era o de cumprir 52 mandados de prisão e 47 mandados de busca e apreensão, visando a desaparelhar cinco quadrilhas que se interligavam no Recife, região metropolitana e dois municípios da zona da mata - Carpina e Goiana.

Até o final desta manhã haviam sido cumpridos todos os mandados de busca e 46 dos mandados de prisão. Entre os presos estão quatro de cinco policiais militares suspeitos de envolvimento com os crimes. Outras sete pessoas foram presas em flagrante.

Fruto de seis meses de investigação e planejamento, a operação - apontada como a maior dos últimos três anos em número de presos e de policiais envolvidos - visa o combate ao tráfico de drogas, roubos, latrocínios e homicídios no Estado. Nesta quinta-feira (29), o diretor geral de Operações de Polícia Judiciária, Osvaldo Moraes, que comandou a ação, divulga o balanço final.

Desde o início do governo Eduardo Campos (PSB), em 2007, foram realizadas 48 operações repressivas, segundo Moraes, com 693 pessoas presas.