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KPC

Pesquisa feita no PR identifica substância capaz de ajudar no combate à superbactéria

 | Luiz Carlos da Cruz/Gazeta do Povo
(Foto: Luiz Carlos da Cruz/Gazeta do Povo)

Pesquisadores do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) descobriram uma substância capaz de ajudar no combate à temida superbactéria Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC), resistente a maioria dos antibióticos. A descoberta pode levar à fabricação de medicamentos eficazes na guerra contra a superbactéria, que fez ,nesta quinta-feira (17), sua terceira vítima do ano em um hospital no interior de São Paulo.

A descoberta gira em torno de uma substância denominada de micocina. Segundo Rinaldo Ferreira Gandra, que liderou a equipe de pesquisa,os estudos realizados até agora permitiriam produzir em escala comercial uma substância de uso tópico.

“Testes pilotos usando matéria-prima usada na fabricação de pomadas tiveram ações significativas”, comenta Gandra, que é professor do curso de Farmácia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

Para Gandtra, a descoberta é um avanço na busca de outros produtos que possam combater a superbactéria - já tida como problema de saúde pública em alguns países. Pesquisadores do mundo todo se esforçam para buscar novos antibióticos que sejam capazes de enfrentar a KPC.

A pesquisa

A pesquisa foi feita com quase 800 fungos e três deles foram isolados. “Três desses fungos foram capazes de produzir essas micocinas com ações diretas em micro-organismos patogênicos, inclusive a superbactéria KPC, o que é um resultado expressivo. Isso torna de grande valia a busca por outros produtos que combatam a KPC”, diz o professor.

O próximo passo é tentar purificar a substâncias e entrar em etapas que precedem o ponto final da pesquisa. “Para chegar ao produto final, é preciso etapas clínicas. Isso necessita investimentos e até mesmo parceria com outras instituições”, diz Gandra.

Para lançar no mercado, no entanto, ainda é preciso passar por uma longa etapa de pesquisa determinada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A ideia dos estudiosos é buscar parceria com a iniciativa privada para avançar nas investigações. Segundo Gandra, em outras etapas da pesquisa pode se chegar a uma antibiótico de uso oral ou injetável.

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