Pesquisadores dos Estados Unidos e do Brasil vão investigar se o vírus zika provoca sozinho a microcefalia ou se a malformação ocorre quando o agente está combinado com outros fatores. O estudo está sendo desenvolvido na Paraíba, em parceria entre técnicos do governo local e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis (CDC) dos Estados Unidos.
“[Vamos descobrir se a causa do aumento de microcefalia] é o vírus zika só ou associado a alguma coisa, ou é o virus Zika no organismo que tem essa ou aquela predisposição. São questões em aberto”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Castro, em entrevista antes da abertura de encontro entre pesquisadores e representantes dos governos brasileiro e norte-americano na sede da Organização Pan-Americana da Saúde, em Brasília.
A reunião desta quinta-feira (18) juntou o Instituto Butantan, o laboratório Biomanguinhos, o Instituto Evandro Chagas, os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Saúde, além de representantes norte-americanos do CDC, do Departamento de Saúde e da Food and Drug Administration (FDA).
Os principais pontos a serem discutidos pelas instituições são o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus zika, de tratamento para a doença, de melhores tecnologias para o diagnóstico e o combate ao Aedes aegypti.
Na abertura da reunião, a embaixadora dos Estados Unidos do Brasil, Liliana Ayalde, disse que infecções não respeitam barreiras e por isso os países devem atuar juntos e coordenadamente para combater a transmissão de doenças como a zika.