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São Paulo - Menos da metade dos jovens brasileiros de 15 a 17 anos cursa o ensino médio, etapa de ensino adequada para essa faixa etária, de acordo com o estudo Juventude e Políticas Sociais no Brasil, lançado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que mostra outros dados preocupantes sobre a educação de jovens no país.

Embora 82% dos adolescentes entre 15 e 17 anos estejam matriculados, o problema está no atraso para concluir os estudos, situação que reflete nas faixas de idade mais à frente. Segundo o órgão, apenas 48% dos jovens daquela faixa etária cursavam o ensino médio em 2007. Na população de 18 a 24 anos, apenas 30% têm o ensino médio completo e nada menos de 65% estão fora da escola; outros 13% estão no ensino superior. Na faixa seguinte, de 25 a 29 anos, apenas 9,4% têm o superior completo, abaixo da meta de 30% estipulada para 2011 no Plano Nacional de Edu­cação (PNE).

Um ponto positivo mostrado pelo estudo é que a taxa de analfabetismo caiu de forma significativa entre os jovens nos últimos anos. Na faixa de 15 a 24 anos, ela caiu 66,6% entre 1996 e 2007. Entre aqueles com idade de 25 a 29 anos, a queda foi de 48%. Mas o Ipea alerta para a desproporção entre as regiões do país. "Apesar de ter havido acentuada redução do analfabetismo no segmento de jovens entre 1996 e 2007, este avanço não foi acompanhado de redução das disparidades regionais, o que reforça a necessidade de intensificar e ampliar ações que priorizem as regiões Norte e, em particular, a Nordeste", diz o estudo. O país, de acordo com o instituto, ainda tem 1,5 milhão de analfabetos com idade entre 15 e 29 anos.

O grau de analfabetismo da população brasileira, medido pela taxa de pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever um bilhete simples, ainda se encontrava no patamar de 10% em 2007. O porcentual é elevado quando comparado ao de outros países da América do Sul, como Uruguai, Argentina e Chile, cujas taxas variam entre 2% e 4%.

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