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Combate ao crime

Pesquisa traça melhores e piores favelas do Rio com UPPs

Dois anos depois da primeira Unidade de Polícia Pacificadora no Rio, uma pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) traçou o perfil socioeconômico de nove das 13 comunidades com UPPs da capital fluminense. Nela, o Jardim Batan, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, aparece como a pior unidade e Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, na Zona Sul, com melhores índices.

Na pesquisa, foram ouvidos 8.788 chefes de família de nove favelas contempladas com UPPs, entre junho e agosto deste ano. O documento reuniu informações sobre renda, trabalho, educação, saúde, cultura, vitimização, demografia e infraestrutura nas comunidades do Batan e Cidade de Deus, na Zona Oeste; Babilônia, Cantagalo, Chapéu Mangueira, Ladeira dos Tabajaras, Santa Marta e Pavão-Pavãozinho, na Zona Sul; e na Providência, no Centro. A metodologia utilizada foi a mesma do IBGE e a margem de erro é de 2,4%.

Renda per capita

De acordo com o estudo, a comunidade pacificada que mais apresenta problemas é o Batan, em Realengo, na Zona Oeste. Com 40 mil habitantes, a favela tem a pior renda per capita: R$ 406,10. A melhor renda per capita encontra-se no Pavão-Pavãozinho, com R$ 691,30. A média, considerando todas as comunidades com UPPs estudadas, é de R$ 556. Na Região Metropolitana do Rio, a renda per capita média é de R$ 905,50.

Ainda segundo a pesquisa, 36,6% da população do Batan pode ser considerada pobre, contra 16,9% da Ladeira dos Tabajaras. Os dados foram compilados considerando a linha de pobreza utilizada pelo IBGE, de renda de R$ 235,08.

O Jardim Batan foi a terceira comunidade do Rio a receber uma Unidade de Polícia Pacificadora, em 18 de fevereiro de 2009, depois do Santa Marta e Cidade de Deus. Foi lá que, em maio de 2008, uma equipe de reportagem do Jornal O Dia foi torturada por uma milícia local.Desemprego e escolas

O estudo traçou ainda os índices de desemprego e frequência nas escolas nessas favelas. A comunidade que apresenta menor taxa de desemprego é o Chapéu Mangueira, no Leme, na Zona Sul, com 4,6% da população economicamente ativa desempregadas. Novamente, o Batan aparece no pior lugar, com 19,7%.

É lá também que tem menos crianças e jovens frequentando a escola: apenas 41,9% das crianças de 0 a 6 anos estão matriculadas e, entre os jovens de 15 a 24 anos, 36,5% não estudam nem trabalham. O melhor índice é na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, com 15,7% dos jovens sem ocupação.

Quando o assunto é iluminação pública, a Ladeira dos Tabajaras também aparece no topo, com 74,9% da favela iluminada, contra 48,5% do Batan, o último colocado. A comunidade de Realengo também é a menos pavimentada, com apenas 50,9% das vias asfaltadas. Nas demais favelas pacificadas o número sobe para pelo menos 80%. O Batan, no entanto, tem a melhor identificação de ruas e domicílios, com placas e números, com 59,4% e 41,3%, respectivamente.

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