A divulgação de quatro trabalhos paleontológicos, na manhã de hoje, dá a dimensão da diversidade da fauna brasileira no Cretáceo - período entre 65 e 145 milhões de anos atrás. Pesquisadores apresentaram desde o gigante Oxalaia quilombensis, maior dinossauro carnívoro já encontrado no País, na Ilha de Cajual, no Maranhão, ao pequeno lagarto Brasiliguana prudentis, descoberto em Presidente Prudente-SP a partir de uma maxila de 7 milímetros.
Os artigos foram publicados no volume 83 dos Anais da Academia Brasileira de Ciência, que reúne também estudos da Austrália, Bolívia, Angola e Japão. "É a primeira vez que pesquisas sobre fósseis estrangeiros são publicados numa revista brasileira de repercussão internacional", ressalta o paleontólogo Alexander Kellner, editor da publicação.
O Oxalaia quilombensis, primeiro dinossauro encontrado na Ilha do Cajual, foi a estrela da apresentação. Da espécie espinossauro - carnívoro, com um tipo de vela nas costas -, o animal media entre 12 e 14 metros de comprimento, pesava entre 5 e 7 toneladas e andou pela ilha há cerca de 95 milhões de anos.
Os pesquisadores do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro encontraram vestígios do pré-maxilar, com sete dentes, e da narina. Numa comparação com dinossauros da mesma espécie encontrados na África, o fóssil brasileiro é ainda maior.
Também foram apresentados o crocodilomorfo Pepesuchus deiseae, encontrado em Presidente Prudente, e três penas - os fósseis mais antigos, com 115 milhões de anos - localizadas na Bacia do Araripe, no Nordeste. O trabalho da paleontóloga Juliana Sayão a partir da estrutura das penas provocou revisão no estudo das aves da região: não havia aves voadoras no Araripe. Os registros apontam para a existência de animais emplumados, como dinossauros terópodes (bípedes e carnívoros) ou aves que perderam a capacidade de voar.
As apresentações foram feitas por jovens paleontólogos, na faixa dos 30 anos, ao lado de veteranos como William Nava, que com seu olhar treinado descobriu a maxila de lagarto, e do paleontólogo Diógenes de Almeida Campos, diretor do Museu de Ciências da Terra. "A nossa intenção é buscar uma nova geração de paleontólogos", afirmou Kellner.
Regulamentação no STF pode redefinir regras da Internet e acirrar debate sobre liberdade
Áudios vazados: militares reclamam que Bolsonaro não assinou “golpe”; assista ao Entrelinhas
Professor, pupilo de Mujica e fã de Che Guevara: quem é Yamandú Orsi, presidente eleito do Uruguai
Clã Bolsonaro conta com retaliações de Argentina e EUA para enfraquecer Moraes
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião