Brasília A pressa e a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em tentar liquidar a fatura da quebra ilegal de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa com a demissão de Antônio Palocci também tinham um motivo pragmático: o reflexo da nova crise política nas pesquisas de opinião. Levantamentos preliminares feitos por institutos de pesquisas na semana passada já indicavam que em alguns estados o episódio envolvendo Palocci começava a criar um desgaste significativo ao governo e ao presidente.
O núcleo de coordenação política do governo avaliou que os primeiros resultados apontando ligeira queda de popularidade em quase todas as regiões do país foram um sinal de alerta de que era preciso pôr um ponto final na crise num curtíssimo prazo. A demissão de Palocci serviu para "estancar a crise" e evitar um novo ciclo de queda de popularidade acentuada como ocorreu nos meses de agosto e setembro do ano passado, após desgastes intensos de petistas, inclusive o ex-ministro José Dirceu.
Ainda não foi feita uma pesquisa nacional para avaliar o impacto total do episódio, mas a constatação interna é de que o governo agiu de forma preventiva.
"A decisão rápida do presidente Lula evitou um desgaste maior. Acho que agora tudo está contornado. A solução vai evitar a queda de popularidade nas pesquisas", avaliou o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP).
"É evidente que o episódio envolvendo Palocci trouxe alguma oscilação nas pesquisas. Mas nada que afete o favoritismo de Lula. Ele continua sendo um candidato fortíssimo. Já passamos por momentos piores. A prova de que estamos bem é que a oposição vai continuar batendo", acrescenta o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP).
No núcleo do governo a estratégia nos próximos meses é o de maximizar todas as notícias positivas para abafar o noticiário negativo das CPIs e das denúncias envolvendo integrantes do Executivo.
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