Um erro de funcionários de casas lotéricas levou vários beneficiários do programa Bolsa-Família a fazer doações involuntárias para uma fundação. O problema surgiu com a mudança do telefone para esclarecimentos sobre o benefício. Embora o número já tenha sido trocado há cerca de 30 dias, lotéricas da região de Apucarana, no Norte do estado, continuam informando o telefone antigo para a população.
Quem liga para o 0800 informado, porém, tem uma ingrata surpresa. Uma gravação pede para que a pessoa aguarde e, logo em seguida, informa que a doação de R$ 10 foi confirmada. A denúncia chegou ao conhecimento de gerentes de agências da Caixa Econômica Federal, que foram procurados por diversas pessoas que se consideraram lesadas.
A instituição que assumiu o antigo número da Caixa e que recebe as doações, a Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, é uma entidade com sede em Porto Alegre especializada em projetos sociais. A fundação é mantida pela Rede Brasil Sul de Comunicação, a RBS.
A CEF foi contatada e informou que o telefone de ligação gratuita de orientação do Bolsa-Família mudou há cerca de 30 dias. O caso está sendo encaminhado ao Procon. Em Apucarana, três integrantes do programa já procuraram o órgão para reclamar. O escritório local não informou nomes de reclamantes, nem as providências que estão sendo encaminhadas.
Além dos casos registrados em Apucarana, beneficiários do programa de outras cidades da região, como Jardim Alegre e Novo Itacolomi, também encaminharam reclamações contra a Caixa Econômica Federal. Funcionários do banco acreditam que o problema também pode ter ocorrido em muitos outros municípios paranaenses.
A reportagem entrou em contato com três lotéricas da região de Apucarana e em todas foi repassado o telefone antigo (errado) para consultas em relação ao Bolsa-Família. O novo número de atendimento da Caixa é o 0800 726 0101.
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