Os brasileiros que vivem sozinhos chegaram a 6,9 milhões em 2010. Pouco mais de 12% dos domicílios brasileiros têm apenas um morador. Em 2000, eram 8,6%. Na Escandinávia, os domicílios com um único morador são em torno de 37% do total. Em países europeus como França, Bélgica, Áustria, Holanda e Alemanha, varia de 30% a 35%. O México tem apenas 7,6% de unidades unipessoais, segundo comparação divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Se por um lado o aumento das pessoas que vivem sozinhas indica autonomia e independência financeira, os técnicos do IBGE destacam os estudos que apontam o fenômeno como "pouco sustentável". "O crescimento das unidades domésticas unipessoais tem algumas consequências importantes para a formulação de políticas públicas. O consumo de energia por pessoa é maior para as unidades unipessoais do que para as famílias com mais pessoas. O custo de vida por pessoa é geralmente mais elevado do que nas unidades domésticas multipessoais. Além disso, uma única pessoa pode ser mais vulnerável, já que não há, em caso de desemprego ou outros problemas, uma retaguarda presente na unidade doméstica", diz o estudo do IBGE.
O IBGE traçou um perfil dos solitários brasileiros. A maior parte é homem, tem entre 40 e 59 anos. No caso dos homens, é solteiro. Das mulheres, viúva.
A cidade com maior proporção de domicílios onde vive apenas uma pessoa é Herval, no Rio Grande do Sul, onde pouco mais de um quarto (26,3%) das moradias é unipessoal. Entre as capitais, Porto Alegre tem a maior proporção de solitários, com 21,4% das residências com apenas um morador.
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