São Paulo O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido como candidato no 13.º Encontro do PT, que começou ontem em São Paulo.
Ao chegar ao encontro, Lula foi saudado com o jingle da campanha eleitoral: "ole, olá, Lula, Lula". Outros petistas gritaram: "1,2,3. Lula outra vez".
Cerca de 1.200 delegados do partido participam do encontro, que acaba amanhã, e definirá a estratégia da campanha eleitoral do PT nas eleições de outubro.
Antes da chegada de Lula, o presidente já era tratado como candidato pelos petistas. "Nenhum de nós pensa nessa possibilidade (de Lula não sair candidato)", disse o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro.
Para ele, Lula tem que adiar ao máximo a oficialização de sua candidatura. "Nosso candidato, que todos nós queremos que seja candidato, tem que respeitar sua condição de magistrado político do país, e tem, se for candidato, que dilatar ao máximo esta decisão, para que uma decisão política não prejudique suas relações institucionais, poderes, parlamento e projetos que estão tramitando."
No entanto, Tarso disse que dificilmente Lula deixará de atender o "chamado" do PT para que ele saia candidato.
Alianças
Ontem de manhã, Lula insistiu em afirmar que precisa governar o país até 31 de dezembro.
E que caso saia candidato, deverá oficializar sua decisão no prazo-limite, que é 30 de junho. Lula também aproveitou para admitir a possibilidade de o PT fazer alianças com o PMDB, PSB, PC do B, PL, PC e disse que o partido não pode ficar esperando pela sua decisão.
"O PT não pode ficar esperando eu me decidir, o PT tem que trabalhar, tem que costurar as alianças, tem que conversar com os outros partidos políticos. Enquanto o PT faz as articulações políticas, eu vou continuar fazendo o que eu estou fazendo: trabalhando", disse Lula.
E mesmo afirmando que ainda não decidiu se vai sair candidato à reeleição, Lula disse que o coordenador de sua eventual campanha será o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP).
Tarso disse que a campanha do PT deverá ter como foco a comparação entre a gestão petista e a tucana.
"Não vai ser só uma campanha sobre ética pública. Vai ser uma campanha sobre o futuro do país. Nós queremos fazer uma comparação milimétrica em todos os aspectos com o governo FH."
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