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INFRAESTRUTURA

Petit-pavé a zero grau

Projeto escolhido, do Estúdio 41, venceu 74 concorrentes. Anúncio saiu na segunda-feira | Divulgação
Projeto escolhido, do Estúdio 41, venceu 74 concorrentes. Anúncio saiu na segunda-feira (Foto: Divulgação)
Equipe aguarda assinatura do contrato para iniciar trabalhos |

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Equipe aguarda assinatura do contrato para iniciar trabalhos

Curitiba viverá seus dias de Antártida, e felizmente não será por causa do frio polar. Um escritório de arquitetura local, o Estúdio 41, é autor do projeto vencedor do concurso para reconstrução da estação científica brasileira no continente gelado. A seleção, feita pela Marinha do Brasil e pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), prevê um gasto total de R$ 72 milhões em uma estrutura com 3,2 mil metros quadrados, no mesmo local onde ficava a Estação Antártica Comandante Ferraz, destruí­da por um incêndio em fevereiro de 2012. Toda a fase de projeto e desenvolvimento será feita na capital paranaense.

O projeto escolhido venceu uma seleção internacional com 74 concorrentes e surpreendeu a equipe do Estúdio 41, que nem enviou representante para a cerimônia de divulgação, na noite de segunda-feira no Rio de Janeiro. A equipe é formada pelos sócios Dario Corrêa Durce, Emerson Vidigal, Eron Costin, Fabio Henrique Faria e João Gabriel Rosa, além dos estudantes Martin Kaufer Goic e Moacir Zancopé Júnior.

Segundo Eron Costin, ainda é preciso esperar a homologação da licitação para a assinatura do contrato, o que deve levar pelo menos 15 dias. Ainda há reuniões e conversas a serem feitas com a Marinha do Brasil para a definição dos detalhes. "Sabemos que o prazo é para ontem, porque há muitas limitações para a construção da base. As obras só podem ocorrer durante o verão antártico, que vai de novembro a março, e há uma expectativa da Marinha de já iniciar algo neste ano", conta Costin.

Neste sentido, a equipe já se prepara para o trabalho. O escritório será coordenador do projeto e terá de firmar contratos com diversos fornecedores e consultores. "Pretendemos, se possível, contratar pessoas aqui de Curitiba, até para facilitar o planejamento e a realização de reuniões", diz o sócio.

Peculiaridades

A estação brasileira fica na Península Keller, na Ilha Rei George, a aproximadamente 4 mil quilômetros de distância de Curitiba, e sua reconstrução envolve uma série de peculiaridades.

Além das condições climáticas – no verão a temperatura média é de 0°C –, o solo gelado também exige soluções arquitetônicas diferentes. "Ali na península há rocha, ao contrário de outros locais, onde as estações foram feitas sobre a neve. Mesmo assim teremos de fazer uma fundação superficial, sem escavar", explica Constin.

As estruturas deverão ser fabricadas no Brasil e somente depois serão transportadas até a Antártida apenas para montagem. Segundo Costin, a expectativa é que no verão de 2015 a nova base esteja em pleno funcionamento.

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