O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, anunciou, na tarde desta terça-feira (29), a contratação de 6 mil policiais civis e militares. Hoje, o Rio conta com 49 mil policiais. A meta é chegar a 60 mil, de acordo com o governador. A informação foi divulgada durante o seminário “Um novo modelo de gestão e oportunidades de investimentos no Rio de Janeiro”, realizado em São Paulo, do Grupo de Líderes Empresariais.
Pezão tratou do tema violência, disse que a demagogia faz perder grandes projetos e lamentou o o fim dos Centros Integrados de Educação Pública (Cieps), construídos nos dois governos Brizola (1983-1986 e 1991-1994).
“Fecharam Cieps pela demagogia de que pobre não precisa estudar horário integral e que tem que ser arrimo de família. E a gente viu então uma fábrica de marginal. Se aquele jovem, há 20 anos, tivesse ficado na escola em horário integral, com creche, esporte e piscina nós não estaríamos pagando um preço tão grande na segurança do Rio”, disse Pezão, muito aplaudido pelos empresários.
O Secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, acompanhou o governador no evento e afirmou ser muito triste o envolvimento de adolescentes nos arrastões ocorridos no fim de semana retrasado, na orla carioca.
”Isso tudo é muito triste. Até segunda (28), 26 menores ainda estavam recolhidos porque os pais não tinham aparecido. Estas famílias não se interessam, é muito triste. Transcende a questão da polícia. É uma questão maior que a infracional”, comentou.
Além dos arrastões, Beltrame citou o envolvimento de menores na morte de um PM. Segundo o secretário, dos 13 envolvidos na morte do policial militar Bruno Rodrigues Pereira, arrastado e morto a tiros em uma comunidade carioca, seis são menores.
“Acho que existe uma série de falha no processo de socialização, seja da família, do meio. E quando isso vem para a esfera da polícia, ela tem que agir. Buscamos parcerias com outros órgãos para diminuir dano ou qualquer injustiça”, concluiu o secretário.
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