Pezão diz que queima de ônibus no Estácio é reação de traficantes à ação da Polícia

O governador Luiz Fernando Pezão classificou os atos que resultaram em dois ônibus queimados nas imediações do Morro de São Carlos, no Estácio, na manhã desta sexta-feira (15), com uma reação do traficantes de drogas às ações da Polícia Militar. Pezão, que participou da abertura do 11º Feirão Caixa da Própria, no Riocentro, citou ainda a ação de bandidos que incendiaram cinco coletivos na noite de desta quinta-feira na Favela do Guandu, em Japeri, na Baixada Fluminense, depois de uma operação policial de combate ao tráfico que estava sendo realizada naquela comunidade. O governador reiterou que está cada vez mais investindo na segurança e garantiu que não vai faltar dinheiro para o setor.

Rivaldo Barbosa, delegado titular da Divisão de Homicídios da Capital, informou também que será feita uma investigação para apurar os autores dos ataques aos ônibus. Segundo ele, essas pessoas, sejam moradores agindo por indignação ou a mando do tráfico, serão indiciadas.

O delegado esteve no Largo Estácio e afirmou que todas as circunstâncias das mortes ocorridas ontem à noite serão investigadas. Segundo ele, não é aceitável que moradores queimem ônibus, pois isso apenas atrapalha o trabalho da Polícia.

“A indignação dos moradores precisa ser revertida em informação para a Divisão de Homicídios. Não queremos passar a mão na cabeça de ninguém. Queremos esclarecer os fatos e apontar os verdadeiros culpados, mesmo que sejam policiais. Agora, vamos aguardar com calma o laudo da perícia”, afirmou o delegado, ressaltando que ainda não é possível afirmar que as mortes e os ataques aos ônibus tenham ocorrido devido à guerra entre facções criminosas.