Rio – A Polícia Federal (PF) ocupou ontem a Vicatur Câmbio e Turismo, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, suspeita de ter fornecido dólares usados na compra do dossiê contra tucanos. A PF trabalha com a hipótese de que uma das sócias da empresa, Sirley da Silva Chaves, seja o elo com a família Levy, usada como laranja para encobrir a operação. Também é investigada a possibilidade de parentesco entre Sirley e a família. Cinco agentes participaram da busca na sede da Vicatur, que durou uma hora. Um policial armado impediu a entrada de clientes e jornalistas durante a operação. O grupo saiu sem dar entrevista, levando uma caixa de papelão supostamente cheia de documentos apreendidos.

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Os sócios da Vicatur, Sirley e Fernando Manoel Ribas Soares, estavam na empresa e acompanharam a ação da PF, que terminou às 12h50. Mais tarde, às 16 horas, os dois chegaram à superintendência regional da PF. Estavam acompanhados do advogado Jorge Ribas Soares, pai de Fernando – que, segundo parentes, compareceu para "dar apoio moral" –, e de outro advogado que se identificou como Bruno - ele não pertence ao escritório de Ubyratan Cavalcanti, que representa os sócios. Às 18h15, sem dar declarações à imprensa, Sirley deixou o prédio da PF e entrou em um táxi.

Antes, a Vicatur divulgara um comunicado em que afirma que os dois sócios "não respondem a nenhum inquérito ou processo criminal e todas as operações cambiais são realizadas de acordo com a lei e comunicadas ao Banco Central". A reportagem procurou o advogado Ubyratan Cavalcanti, mas ele não retornou recados deixados em seu escritório e na caixa postal do celular.

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