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Operação Persistência

PF apreende R$ 5 milhões em notas falsas em operação em SP

Além da prisão de seis pessoas, foram apreendidos cinco milhões de reais em cédulas falsas de 50 e 100 reais na Operação Persistência, nesta segunda-feira (23), segundo o superintendente da Polícia Federal de São Paulo, Leandro Daiello Coimbra.

A Polícia Federal deflagrou a operação para desarticular uma quadrilha suspeita de praticar crimes de corrupção passiva, concussão (usar cargos públicos para obter vantagens) e extorquir dinheiro de empresários. Foram presos dois policiais federais, um ex-policial civil e um ex-policial militar. "São agentes que tiveram desvio de conduta e nós não toleramos desvios de conduta", afirmou o superintendente da PF, sobre os dois policiais da corporação que foram presos.

Dos sete mandados de prisão expedidos, seis foram cumpridos e um está em aberto. Além disso, foram expedidos 11 mandados de busca e apreensão. "Pedimos a prisão temporária de todos os que foram detidos hoje (segunda-feira) e vamos pedir a prisão preventiva da pessoa que não foi localizada", disse Coimbra.

Segundo ele, a quadrilha vinha agindo desde novembro de 2008 e exigia dinheiro de diversos empresários dos mais diversos ramos, e até de sacoleiros que fretavam ônibus para fazer compras no Paraguai. A investigação teve início depois das denúncias de dois empresários que foram extorquidos pelo grupo. "Além disso, temos conhecimento que ao menos um ônibus vindo do Paraguai foi abordado por eles", disse.

"Eles obtinham informações destes empresários e tentavam obter algum tipo de vantagem. O principal meio para isso era a coação. Eles faziam vários tipos de ameaças, desde prisão até com violência mesmo. Eles cobravam de R$ 5 mil a R$ 50 mil nas extorsões", afirmou Coimbra.

O dinheiro falso foi encontrado na casa de um dos integrantes do grupo. "As cédulas vão ser periciadas e vamos investigar para saber qual a finalidade que seria dada a elas no esquema", disse. E na residência de um dos policiais federais presos foram apreendidos R$ 13 mil em espécie, um jet-ski e carros. Segundo Coimbra, em algumas ocasiões os integrantes do grupo se identificavam como delegados da Polícia Federal para extorquir dinheiro dos empresários.

O ex-policial civil detido havia sido expulso da corporação por suspeita de cometer crimes semelhantes. Já o ex-policial militar foi condenado em 2001 a 23 anos de prisão pela morte de Alcioni Serafim de Santana, delegado da PF e ex-corregedor que investigava a corrupção na corporação.

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