Policiais federais e agentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cumprem na manhã desta terça-feira 12 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão temporária e sete de conduções coercitivas em oito estados do país para coibir a venda ilegal de toxina botulínica clandestina.
As investigações indicaram que, há pelo menos cinco anos, tais toxinas circulam no mercado e os ganhos da quadrilha com a venda diária do produto ilegal podem chegar a R$ 5 mil. No mercado ilícito, segundo a Polícia Federal, a toxina é negociada por preços que variam de R$ 350 a R$ 400 a unidade. Um exemplar autorizado pode chegar a R$ 1 mil a unidade.
De acordo com a PF, os 23 mandados judiciais contra distribuidores estão sendo cumpridos nas cidades de Recife, João Pessoa, Belo Horizonte e São Paulo, além de médicos e clínicas em Recife, Caruaru, João Pessoa, Patos, Natal, Teresina, Aracaju Maceió, São Paulo e Belo Horizonte.
As investigações da Operação Narke começaram há nove meses, para apurar denúncias de venda de toxina botulínica clandestina, sem autorização da Anvisa, conforme a PF.
A toxina botulínica, informou a PF, além da aplicação estética, também é utilizada largamente de forma terapêutica, inclusive para tratamento de disfunções neurológicas e motoras. Os produtos, uma vez introduzidos ilegalmente no país, são vendidos para médicos de diversas cidades, em vários estados do Nordeste, como Piauí, Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe.
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