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A Polícia Federal (PF) de Maringá ainda procura um foragido da Operação Dilúvio, realizada no último dia 16. Ele alternaria residência entre Maringá e o Paraguai, articulando o suposto esquema de sonegação que chegaria a R$ 500 milhões.

Dos 21 presos em Maringá, cinco permanecem detidos. Os outros 16 foram libertados no dia 20. Quatro dos presos são funcionários da Receita Estadual – Gerry César Barankievicz, José Eugênio Benedeti, Júlio César de Oliveira e Benjamin da Veiga – e um é advogado, Wesley Macedo de Souza. Na sexta, eles foram transferidos para a Colônia Penal de Piraquara.

Entre os que foram soltos está o superintendente do Aeroporto Regional de Maringá, Marcos Valêncio. Ele é proprietário de uma empresa de consultoria que presta serviços para tradings. "Todos os contratos são vinculados junto à Receita Federal e estão previstos dentro da legislação de comércio exterior", justifica o empresário, negando qualquer irregularidade.

O aeroporto operou normalmente nos cinco dias em que Valêncio permaneceu preso. Ele não foi afastado do cargo – indicado pelo prefeito Sílvio Barros (PP) – e retomou o trabalho no início da semana passada.

Valêncio considerou desnecessária sua prisão. Ele lembra que foi detido na frente dos filhos e que as informações que lhe foram pedidas no interrogatório poderiam ser repassadas normalmente. Ele diz que pretende provar sua isenção nas acusações e que depois vai analisar a possibilidade de alguma ação judicial.

A Operação Dilúvio teve como foco fraudes em importações em dez estados e em Miami, Estados Unidos. No total, 950 policiais federais e 450 auditores da Receita Federal cumpriram 220 mandados de busca e apreensão e 118 mandados de prisão. Foram presas 97 pessoas, 32 no Paraná.

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