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Crise do PT no PR

PF confirma "caixa 2" na campanha do PT em Londrina

A Polícia Federal (PF) de Londrina, no Norte do Paraná, confirmou nesta quarta-feira (3) que existiu o "caixa dois" na campanha de reeleição do atual prefeito Nedson Micheleti (PT) e que vai pedir a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico do ex-diretor administrativo-financeiro da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Augusto Ermétio Dias Júnior. Nesta terça-feira (2) Dias Júnior, pressionado pelas denúncias da ex-assessora financeira do PT, Soraya Garcia, renunciou ao cargo.

A confirmação do "caixa dois", veio depois do cumprimento de 22 mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça Eleitoral da cidade. De acordo com as informações divulgadas no início da noite desta quarta-feira pela PF, oito proprietários de postos de gasolina de Londrina apresentaram notas provando que venderam combustível para dirigentes do PT. Na prestação de contas do partido consta compra de combustível em apenas um posto.

O delegado responsável pelo caso, Sandro Roberto Vianna dos Santos, informou que todo o material apreendido em empresas que teriam vendido ou prestado serviços ao partido será analisado e que novas provas poderão aparecer. Os nomes e endereços das empresas foram fornecidos por Soraya Garcia.

Inquérito

Os advogados do PT pediram a suspensão do inquérito aberto em Londrina. Eles querem que o caso seja analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, e não mais pela Justiça Eleitoral do município. O motivo alegado é o fato de o nome do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, estar envolvido no caso. Pelo cargo que ocupa, Bernardo tem o direito de ser processado apenas na capital federal.

Resposta

O PT de Londrina, em nota divulgada no início da noite desta quarta-feira (3), informou que as duas medidas judiciais - exceção de suspeição e exceção de incompetência, são justas e legais e que não foi o partido que as apresentou, e sim os filiados Jacks Aparecido Dias, Francisco Carlos Moreno e Augusto Ermétio Dias Júnior que atuaram na coordenação de campanha das últimas eleições. Na ótica dos afiliados, acima citados, o caso deve ser julgado pelo STF.

O documento conclui que o PT quer que todos os fatos sejam apurados com a maior lisura, garantindo que não seja aceita qualquer interferência que fuja dos fatos em si e das esferas competentes.

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