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Veículos e cigarros apreendidos na Operação Dupla Face, cujas investigações ocorrem há um ano e três meses | Polícia Federal / Divulgação
Veículos e cigarros apreendidos na Operação Dupla Face, cujas investigações ocorrem há um ano e três meses| Foto: Polícia Federal / Divulgação

Uma operação da Polícia Federal (PF) de combate ao contrabando de cigarros do Paraguai pretende cumprir 18 mandados de prisão nesta quinta-feira (24) em Foz do Iguaçu, Santa Terezinha do Itaipu e Medianeira, no Oeste do Paraná, e em Belém, no Pará. As investigações para chegar à quadrilha já duravam um ano e três meses e a estimativa da polícia é de que R$ 40 milhões em impostos e multas tenham sido sonegados. Batizada como Operação Dupla Face, a ação conta com apoio da Força Nacional.

Além do dinheiro em impostos, outros R$ 30 milhões em mercadorias foram apreendidos nesse período de investigação. No intervalo entre as apurações e as prisões em conjunto desta quinta, 35 pessoas foram presas em flagrante e 46 veículos apreendidos. Essas pessoas detidas eram, em sua maioria, motoristas e "batedores". Estes últimos seguem geralmente em carros na frente e avisam por onde os caminhões ou outros veículos com a mercadoria ilegal não devem seguir devido à fiscalização.

Segundo a PF, outras mercadorias também eram contrabandeadas, mas o principal produto era cigarro do Paraguai. A quadrilha utilizava a BR-277 para escoar a mercadoria ilegal para todo o país. Em Belém, a 3,3 mil quilômetros de Foz, um mandado de busca e um de prisão estavam previstos. Ao chegar no local, os policiais relataram que o alvo da prisão não foi localizado, mas que 18 caixas de cigarro foram encontradas. O padrasto do homem que tinha a prisão decretada assumiu a propriedade da mercadoria e acabou preso.

Para facilitar o transporte, a quadrilha contava com esquemas com servidores públicos de órgãos de fiscalização e pessoas que atuavam na própria rodovia, segundo a polícia. Além disso, os caminhões e carretas utilizadas no transporte de cigarros também eram adulterados. Os criminosos costumavam usar veículos financiados em nome de outras pessoas e falsificavam placas. Em parte dos casos eles usavam carretas roubadas para fazer o transporte da mercadoria.

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