Oito pessoas foram presas nesta terça-feira (10) nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre durante a "Operação Curaçao" desencadeada pela Polícia Federal (PF) de Curitiba. A ação foi para reprimir crimes financeiros internacionais. Na capital paranaense aconteceram apenas mandados de busca e apreensão, não houve prisões. De acordo com a comunicação social da PF, foram apreendidos documentos, mídias e R$ 95 mil em dinheiro, em quatro locais de Curitiba. Todos os mandados já foram cumpridos.
Seis prisões preventivas aconteceram em São Paulo, uma no Rio de Janeiro e outra em Porto Alegre. Os policiais federais de Curitiba foram até a capital paulista para cumprir as prisões. Ao todo foram realizados 58 mandados de busca e apreensão em Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Porto Alegre e João Pessoa.
Em Porto Alegre, foram apreendidos R$ 668,9 mil, 6,8 mil dólares e 34,1 mil euros. No Rio de Janeiro, foram R$ 500 mil, 245,1 mil dólares e 35 mil euros. Já em São Paulo, a polícia apreendeu R$ 350 mil e 76 mil dólares.
Segundo a PF, as investigações foram feitas em regime de cooperação internacional com a polícia da Holanda e foram coordenadas pelo Ministério Público Federal (MPF) de Curitiba. Após o fechamento do banco First Curaçao International Bank, situado nas Antilhas Holandesas, foram identificadas contas com movimentação suspeita. Essas contas eram de brasileiros já investigados pela PF por crimes contra o sistema financeiro, ligados inclusive ao Caso Banestado, do Paraná. As irregularidades são crimes de operação sem autorização de instituição financeira, evasão de divisas e manutenção ilegal de depósitos no exterior.
As ordens de prisão e de busca e apreensão de evidências foram expedidas pelo juízo da 2.ª Vara Criminal Federal de Curitiba.
Caso Banestado
Em 2003, a CPI do Banestado foi instalada no Congresso para apurar denúncias da Polícia Federal sobre evasão de divisas do Brasil a partir de 1996.
O dinheiro era enviado para bancos no exterior por meio de agências do Banestado em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado. A operação usava contas do tipo CC5 utilizadas por empresas para enviar dinheiro para o exterior, mas também usadas para o envio de dinheiro para brasileiros que moram fora do país por meio de "laranjas".
Cerca de US$ 5,68 bilhões teriam sido remetidos ao exterior por meio de contas CC5 do Banestado entre 1996 e 2000, segundo consta em algumas ações judiciais que tramitaram no Paraná. Parte desses valores teria sido remetida por meios fraudulentos. Pelo menos R$ 2,4 bilhões, por exemplo, estavam em nome de "laranjas", pessoas sem capacidade econômica para ter tanto dinheiro.
Um grupo de doleiros operava o esquema. O dinheiro era enviado para os Estados Unidos e depois seguia para contas em paraísos fiscais.
As denúncias revelaram que o dinheiro era proveniente de caixa 2 de empresas e partidos políticos. Também havia a suspeita de recursos virem de fontes ilegais, como o tráfico de drogas, armas e pedras preciosas.
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