A Polícia Federal prendeu cinco pessoas ontem durante operação para desarticular uma quadrilha que atuava para facilitar a entrada ilegal de brasileiros em território americano.
A ação ocorreu em oito cidades no Rio de Janeiro, Espírito Santo, em Minas Gerais, Rondônia e Goiás. Ao todo, foram expedido 54 mandados judiciais seis de prisão preventiva (um não foi cumprido), cinco de busca e apreensão e 43 conduções coercitivas (quando alguém é levado para prestar depoimento).
Entre os presos, três foram encontrados em Goiás e os outros dois, em Minas. O único foragido é um cidadão mexicano, que estaria na América do Norte.
Segundo as investigações, os criminosos ofereciam dois pacotes de translado, ambos pela fronteira mexicana, cobrando até R$ 30 mil. Os chamados "coiotes" conduziam os imigrantes em aviões, carros e ônibus.
A versão mais barata custava R$ 15 mil. Nesse caso, grande parte do trajeto era feito a pé, sendo necessário caminhar até quatro noites para chegar ao destino.
De acordo com a Polícia Federal, os suspeitos lucraram cerca de R$ 3,4 milhões no últimos três anos. Nesse período, eles prestaram o serviço clandestino a aproximadamente 150 pessoas.
As investigações apontam que o esquema funcionava com o apoio de pequenas empresas de turismo, controladas por integrantes da organização criminosa.
Segundo o delegado responsável pela operação, Umberto Urban Filho, não há indícios da participação de agentes públicos brasileiros nem de funcionários dos consulados americanos.
"As falsificações eram de alta qualidade. Isso induzia ao erro as autoridades envolvidas", explicou o delegado do PF. As autoridades americanas também estão em busca da localização dos integrantes da quadrilha.
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