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Mandados foram cumpridos na capital gaúcha | Vinícius Roratto/Correio do Povo
Mandados foram cumpridos na capital gaúcha| Foto: Vinícius Roratto/Correio do Povo

Uma operação da Polícia Federal detectou um esquema de fraudes em licenciamentos ambientais no Rio Grande do Sul. Ontem, 18 mandados de prisão temporária e 29 de busca e apreensão foram cumpridos em Porto Alegre e mais sete cidades gaúchas, além de Florianópolis, em Santa Catarina.

Empresários interessados em obter ou apressar licenciamento ambiental para projetos de extração mineral e empreendimentos imobiliários na capital e litoral do estado teriam usado despachantes ou contatos pessoais diretos para obter as autorizações de funcionários de órgãos públicos, que fariam vistas grossas diante de irregularidades mediante recebimento de propinas (em forma de presentes ou dinheiro).

Entre os presos temporariamente estão ossecretário estadual do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, Carlos Niedersberg (PC do B), um de seus antecessores, Berfran Rosado (PPS), que foi secretário de Yeda Crusius (PSDB), e o secretário municipal do Meio Ambiente, Luiz Fernando Zachia (PMDB).

O governador Tarso Genro e o prefeito José Fortunati (PDT) foram avisados pelo Ministério da Justiça da operação da Polícia Federal e afastaram seus secretários quase ao mesmo tempo em que eles foram presos. Ambos afirmaram que a medida é preventiva e não significa um juízo de valor sobre a conduta dos envolvidos.

A Polícia Federal prevê que o número de indiciados ao fim do inquérito, a ser concluído em 30 dias, venha a se aproximar dos 50. Eles poderão responder por corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, crimes ambientais e lavagem de dinheiro.

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