A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (21) a Operação Mirante, que pretende prender uma quadrilha que roubava cargas de caminhões e veículos de passeio na BR-116. Cerca de 180 policiais cumprem 21 mandados de prisão e 30 mandados de busca e apreensão ao longo do dia. As investigações para desmantelar o esquema, que duraram dois anos, foram realizadas em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

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Até o meio dia, 18 mandados de prisão tinham sido cumpridos. Além disso, outras duas pessoas foram presas em flagrante, durante as diligências, por porte ilegal de armas e porte de mercadoria roubada. As equipes da PF ainda estão em campo, de acordo com informações da PF, que confirmou que a operação recuperou um caminhão de mercadorias roubadas. Inicialmente, a assessoria de imprensa da entidade havia informado que 21 tinham sido presos, o que foi corrigido por volta das 11h45.

Conforme as informações divulgadas pela PF, a operação foi batizada assim porque os criminosos subiam em uma araucária no topo de uma colina em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba. Do alto da árvore, eles monitoravam a ação dos policiais e traçavam estratégias para não serem flagrados em fiscalizações.

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Durante os roubos de cargas, eles agiam em dois grupos. O primeiro deles roubava dois ou três veículos de passeio para poder abordar os caminhões. Os suspeitos estacionavam esses carros em postos para observar as melhores cargas e seguiam o caminhoneiro quando este seguia viagem.

Enquanto isso, outro grupo já se posicionava em estradas de terra da região no aguardo do caminhão com a carga para ajudar na fuga e esconderijo das mercadorias roubadas. O transbordo era feito de maneira rápida, para que não houvesse tempo de as empresas responsáveis pela carga perceberem o roubo a tempo de chamar a polícia. Após rendido, geralmente o motorista ficava de três a quatro horas sob a mira dos criminosos.

Depois que a carga era roubada e tirada do caminhão, moradores locais ajudavam a esconder as mercadorias. Eles escondiam esses produtos até que a fiscalização diminuísse. Depois disso, os suspeitos distribuíam e revendiam os produtos roubados. Isso ocorria sempre para conhecidos da quadrilha na região.

A PF estima que apenas nos meses em que a investigação foi realizada, os criminosos tenham causado prejuízo de R$ 5 milhões. Eles roubavam principalmente cargas de encomendas dos Correios, veículos acidentados nas rodovias e também automóveis que trafegavam pela estrada para fazer os roubos.

Os presos serão autuados por crime de roubo, furto, organização criminosa, receptação e comércio ilegal de armas de fogo.

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