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PF e Ibama investigam financiadores de garimpo clandestino em MT

Cerca de 100 garimpeiros exploravam garimpo Novo Astro quando operação foi deflagrada no local | Reprodução/TVCA
Cerca de 100 garimpeiros exploravam garimpo Novo Astro quando operação foi deflagrada no local (Foto: Reprodução/TVCA)

A Polícia Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) investigam quem estaria financiando o garimpo ilegal Novo Astro, em Nova Bandeirantes, a 980 quilômetros de Cuiabá. O garimpo foi fechado na última quinta-feira (18), quando 200 agentes federais estiveram no local para a retomada da área que estava sendo explorada por mais de 100 garimpeiros.

Segundo o Ibama, o garimpo teve início há cerca de trinta anos e ficou desativado por muito tempo, mas, em função da valorização do ouro, os garimpeiros voltaram ao local. "Alguém lucra muito com isso e pelo que se vê não são os garimpeiros. Então, é possível que tenha alguém ou alguns braços financiadores, cujo principal objetivo nosso é chegar até eles", disse o chefe de fiscalização do Instituto, Luciano Guerra Cota.

Ainda de acordo com Luciano Guerra Cota, a previsão das autoridades é de que o garimpo poderá ser reaberto legalmente. Para isso, os garimpeiros terão que se organizar e criar uma cooperativa. "Se eles [garimpeiros] cometeram crimes até o momento e ações ilegais que paguem por isso, mas também que busquem a regularização para que possam exercer a atividade como manda a legalidade", pontuou Luciano, ao enfatizar que, com isso, possam trabalhar de cabeça erguida e possam sustentar suas famílias dentro da legalidade.

Operação Bateia

Na semana passada, os soldados do exército ocuparam o garimpo e fecharam as principais entradas e saídas. No local, eles encontraram dezenas de acampamentos improvisados deixados pelos garimpeiros. Até agora, foram apreendidos tratores, motores de sucção e combustível utilizados na extração do ouro. A exploração ilegal já devastou uma área de mais de 10 quilômetros de extensão.

Também participaram da operação a Força Nacional de Segurança, Exército Brasileiro, Instituto Chico Mendes (ICMBio), além do Departamento Nacional de Produção Ambiental (DNPM).

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