São Paulo O delegado Renato Sayão, da Polícia Federal (PF), espera receber até sexta-feira uma resposta da Justiça Federal para que determine que o comando da Aeronáutica envie à PF os registros dos diálogos contidos nas caixas-pretas do jato Legacy, que colidiu no ar com o Boeing da Gol sobre a selva amazônica em 29 de setembro. Sayão é o responsável pelo inquérito sobre o acidente, no qual morreram 154 pessoas. Pela legislação internacional, as informações contidas em caixas-pretas não podem ser usadas como provas em inquéritos e tribunais, a menos que a Justiça determine a quebra do sigilo do conteúdo.
A informação sobre a expectativa do delegado Sayão foi divulgada pela Assessoria de Imprensa da PF em Brasília. No momento, ele estava no prédio da Coordenação de Aviação Operacional da PF, na capital federal, analisando as transcrições dos diálogos mantidos no dia do acidente pelos controladores de vôo entre si e com os tripulantes do Legacy.
Segundo assessores da PF, Sayão pretende começar a ouvir os controladores na próxima semana. O delegado aguarda uma decisão da Justiça autorizando-o a ter acesso ao conteúdo das caixas-pretas do Legacy. Só depois é que ele marcará os depoimentos do piloto e do co-piloto do jato.
O Ministério da Defesa vai mandar para o Canadá, no sábado, o cilindro de voz da caixa-preta do Boeing, encontrado terça-feira. Registro dos dados de voz da cabine de comando do avião, o equipamento é considerado importante peça da investigação do acidente.
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