Desde a semana passada quem procura a Polícia Federal (PF) no Paraná em busca de passaporte sai com o novo modelo, que traz um chip inserido na capa com todas as informações pessoais do usuário. O novo documento, que facilita a leitura em aeroportos informatizados de vários países, é confeccionado pela Casa da Moeda do Brasil. A novidade foi testada em dezembro do ano passado nas cidades de Brasília (DF) e Goiânia (GO).
Todos os documentos que a Casa da Moeda passou a entregar à PF desde o dia 10 de janeiro possuem o chip. Em Curitiba, o novo passaporte começou a ser emitido no início da semana passada. Todas as oito unidades da PF no Paraná estão usando o novo padrão de documento.
Em Cascavel, no Oeste, onde em média são expedidos 600 passaportes mensalmente, desde sexta-feira (14) somente o novo modelo é confeccionado. De acordo com o agente Milton Fantucci, o chip é fechado e após a admissão dos dados não é possível inserir novas informações. "Não tem como fazer alteração, o que torna quase impossível a falsificação de dados", declara.
O dispositivo inserido no documento traz as mesmas informações pessoais que constam na página de identificação, além dos dados biométricos (fotografia e impressões digitais) do portador. Segundo a PF, futuramente os documentos poderão ser utilizados em terminais automatizados de controle migratório. Isso tornará mais ágil o fluxo de passageiros durante a fiscalização.
A previsão da PF é de que até o final do mês todas as unidades do Brasil estejam emitindo passaportes com o novo padrão. A PF alerta que não há necessidade de trocar os passaportes convencionais, que continuam valendo para as viagens internacionais até o prazo final de validade que consta no documento.
Os passaportes eletrônicos são uma tendência de padronização mundial. Todos os países da União Européia, Estados Unidos, Austrália, África do Sul, entre outros, utilizam documentos com o dispositivo eletrônico.
Não é apenas a inserção do chip que trouxe mais segurança ao documento. Outros itens foram inseridos, entre eles mapas do Brasil na contracapa que só podem ser vistos quando o documento é exposto à radiação ultravioleta. A taxa para emissão do documento é de R$156,07 -mesmo valor cobrado antes das mudanças.