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Brasília – A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a quebra dos sigilos bancário e fiscal da Samos Participações Ltda., holding do ministro de Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, suspeito de ser um dos idealizadores e operadores do mensalão mineiro. O ministro nega. A PF solicitou também o bloqueio de bens dos 36 políticos investigados no esquema de captação ilegal de recursos envolvendo a campanha pela reeleição ao governo de Minas do tucano Eduardo Azeredo, em 1998.

Os pedidos da PF foram feitos no relatório final do inquérito, encaminhado em julho ao STF. O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo no Supremo Tribunal Federal, já pediu ao procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, que dê um parecer sobre as quebras de sigilos e os bloqueios. O parecer deve ficar pronto até o final deste mês.

A PF também solicitou autorização do Supremo para começar a realizar a fase dois do inquérito, que consiste em interrogar cerca de 170 políticos mineiros, de 19 partidos, beneficiados com doações de caixa 2 em suas campanhas, feitas pela coligação de Azeredo. O re-latório do delegado Luiz Flávio Zampronha classifica o mensalão mineiro como "uma complexa organização criminosa" montada para financiar candidaturas na eleição daquele ano. Ele sugere, nessa primeira fase, o indiciamento de um grupo de envolvidos por lavagem de dinheiro, peculato, formação de quadrilha e corrupção ativa e passiva, além de crimes financeiros e eleitorais.

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