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Investigação

PF prende 13 por fraudar licitações da Petrobrás

Rio – Depois de dois anos de investigação, a Polícia Federal desbaratou um esquema de fraudes em licitações para serviços de reparos em plataformas petrolíferas da Petrobrás. A Operação Águas Profundas prendeu 13 das 18 pessoas procuradas e cumpriu 60 mandados de busca e apreensão em residências e escritórios. O trabalho resultou na denúncia de 26 pessoas (9 empresários, 5 funcionários da Petrobrás em nível de gerência, 2 servidores da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente, 1 ex-deputado estadual e 1 agente da PF).

Ao investigarem o esquema montado para fraudar licitações da Petrobrás, os agentes federais descobriram também fraudes financeiras em prestações de contas de organizações não governamentais (ONGs) estaduais.

Segundo a investigação, o núcleo do esquema das fraudes nas licitações é a empresa Angraporto Offshore, de propriedade de Fernando Sterea, Mauro Zamprogno, Wladimir Pereira Gomes e Simon Clayton ( também envolvido no escândalo do Banestado). Através da corrupção de empregados da Petrobrás, em especial do gerente da Unidade de Serviços e Sondagem de Semi-submersíveis, Carlos Heleno Barbosa, a empresa ganhava os serviços de reformas e manutenção em plataformas marítimas, realizadas em Angra dos Reis.

As fraudes eram feitas com o repasse de informações privilegiadas e por meio da redução do número de concorrentes. Para isto, o empregado da Petrobrás Carlos Alberto Pereira Feitosa, coordenador das comissões de licitações, convocava as empresas para a concorrência por meio de cartas-convite, mas algumas cartas seguiam com endereços errados.

Depois de concorrer com os estaleiros Iesa e Mauá, a Angraporto acabou associando-se aos dois em determinados serviços. No final, ela repassava informações aos estaleiros que venciam as licitações e retribuíam com comissões. O esquema financeiro foi construído por Ruy Castanheira junto com seu filho Felipe, ambos presos, e o contador Rodolfo Barbosa Brandão da Costa (também denunciado).

O procurador Carlos Aguiar diz que as investigações não conseguiram detectar qual o prejuízo com pagamentos superfaturados que a Petrobrás teve. A presidência da estatal manteve os empregados nos postos para não atrapalhar o trabalho da polícia. Ontem a Petrobrás informou que os funcionários envolvidos foram afastados.

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