Dezesseis pessoas foram presas na manhã desta sexta-feira (25) suspeitas de integrarem uma quadrilha especializada em explodir caixas eletrônicos. As prisões fazem parte da operação Dunamis – palavra grega que significa dinamite –, deflagrada pela Polícia Federal do Paraná (PF), que iniciou os trabalhos de investigação há um ano. Um homem está foragido.
Além das prisões, a PF cumpriu ainda 30 mandados de busca e apreensão e sete mandados de condução coercitiva. Os trabalhos foram feitos nas cidades de Curitiba, Guaratuba, Tijucas do Sul, Pinhais, Piraquara e São José dos Pinhais, onde, segundo a polícia, residia a maior parte dos integrantes da organização. A suspeita é de que os criminosos tenham conseguido roubar ao menos R$ 3 milhões de caixas eletrônicos, valor que pode passar para R$ 5 milhões se outras participações forem confirmadas.
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Até esta sexta-feira, a Polícia Federal já havia confirmado sete casos de explosões no Paraná comandados pela quadrilha que foi alvo da operação. Duas destas situações foram registradas em hospitais da capital.
A primeira ocorrência foi no Hospital Erasto Gaertner, no bairro Jardim das Américas, no dia 2 de outubro do ano passado. Segundo informações levantadas na época, seis pessoas teriam agido na explosão de três equipamentos que estavam no interior da instituição de saúde.
Outro caso foi no Hospital do Idoso, dois dias depois. Um segurança foi rendido e dois caixas foram danificados pelo grupo. Nenhuma destas ocorrências deixou feridos.
Outros casos relatados pela PF ocorreram na Universidade Positivo e em um supermercado do bairro Batel, em um supermercado de Londrina e em um estabelecimento de Matinhos. Uma agência bancária do Bradesco de Piên também foi alvo da quadrilha, que, neste caso, contou com a ajuda de um dos gerentes da unidade.
Segundo a PF, o funcionário do banco, ao relatar que tinha esquecido a carteira dentro da unidade, aproveitou a oportunidade para abrir as portas para os criminosos e desativar o sistema de alarme da sala que mantém os cofres da agência. Ele é um dos 16 presos pela polícia nesta sexta-feira. A Polícia Federal estima que o grupo foi responsável também por outros 15 ataques criminosos no estado, mas estes casos ainda não foram confirmados.
A maioria dos ataques ocorreram contra caixas eletrônicos da Caixa Econômica Federal, mas também há confirmação de destruição de equipamentos do Banco do Brasil, Santander e Itaú, além do Bradesco.
O único foragido da polícia cumpre regime semiaberto. Ele usa tornozeleira eletrônica, mas logo após saber do início dos trabalhos de busca da PF, conseguiu arrebentar o equipamento e fugir. Ainda não há indícios do paradeiro do suspeito.
Das 16 pessoas que foram presas, são onze homens e cinco mulheres. Todos os homens já tinham passagem pela polícia. A PF informou que as mulheres eram responsáveis pela logística das operações, como guarda de dinheiro e armamentos e compras de carros e residências, enquanto os homens se dedicavam à execução das explosões.
No fim de julho, uma operação da Polícia Civil do Paraná prendeu mais de vinte pessoas suspeitas de integrarem duas quadrilhas especializadas em explosão de caixas eletrônicos no Paraná. A ação ocorreu simultaneamente nos municípios de Araruna, Campo Mourão, Barbosa Ferraz, Engenheiro Beltrão (Centro Ocidental), Cianorte, Cidade Gaúcha, Jussara, Maringá e Umuarama (Noroeste). Na operação batizada de Partenon, três suspeitos foram mortos em confronto.
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