Casa era depósito de cigarros
Em Cascavel, policiais federais cumpriram mandado de busca e apreensão em uma residência da periferia durante a Operação Ouro Negro. Foi preso Reinaldo Tedesco, 60 anos, por posse ilegal de arma e contrabando. Na casa dele, os agentes encontraram 170 caixas de cigarro e um revólver 38 (sem registro), além de R$ 10 mil em espécie e R$16 mil em cheques.
De acordo com a Polícia Federal, Tedesco já havia sido preso duas vezes por contrabando. A PF procura agora o filho dele, Ariel Tedesco, que tem mandado de prisão expedido pela Justiça Federal também por contrabando. Paralelo à operação, policiais federais de Cascavel apreenderam entre domingo e a madrugada de ontem volume expressivo de mercadorias ilegais vindas do Paraguai.
No domingo de madrugada, os policiais apreenderam nas margens do Lago de Itaipu, na região de Pato Bragado, um caminhão com aproximadamente 50 caixas de cigarro. Os contrabandistas, ao perceberam a ação, fugiram em duas lanchas para o Paraguai, abandonando a mercadoria. Na noite de domingo, em outra ação, foi preso em Jesuítas, no Oeste, Anésio Leguari, 46 anos. A PF informou que a casa era depósito de contrabando. Os policiais apreenderam 250 pneus e 40 caixas de cigarro.
Foz do Iguaçu Vinte e uma pessoas de uma mesma quadrilha, acusadas de contrabandear mercadorias entre o Paraguai e o Brasil, foram presas na manhã de ontem na Operação Ouro Negro da Polícia Federal (PF), deflagrada em 11 municípios do Oeste e Sudoeste do Paraná e dois do Mato Grosso do Sul. Entre os detidos estão um policial civil de Foz do Iguaçu, um policial militar de Marechal Cândido Rondon e um ex-policial militar de Entre Rios.
No total, 157 policiais federais do Paraná e do Rio de Janeiro participaram da operação. Foram apreendidos 25 carros, quatro caminhões, cinco motos, dois barcos, mercadorias, dinheiro e armas.
Segundo a PF, os produtos adquiridos pela quadrilha em Ciudad del Este, Paraguai, eram enviados ao Brasil pelo Lago de Itaipu. O grupo contava com apoio de brasileiros proprietários de fazendas no lado paraguaio, às margens do lago. Eles estocavam as mercadorias antes delas serem colocadas em barcos e balsas.
Ao chegar ao lado brasileiro, usando praticamente toda a extensão do Lago de Itaipu, a quadrilha depositava os produtos pneus, cigarros, mercadorias de bazar e informática próximos a portos clandestinos, geralmente em áreas rurais, para depois serem transferidos para carretas, algumas com fundos falsos. O destino eram os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. O pagamento era em conta corrente de intermediários, para evitar a identificação dos verdadeiros credores.
Arrocho
O delegado da PF responsável pela operação, Alexander Boeing Dias, diz que a quadrilha começou a agir um pouco antes da inauguração da nova aduana da Ponte da Amizade, em outubro de 2005. "Nós já tínhamos notícias do uso do lago, mas isso começou a se intensificar depois, com o arrocho da fiscalização na nova aduana", diz.
Os policiais presos escoltavam cargas ou liberavam mercadorias apreendidas mediante propina. Um deles estava lotado na Delegacia do Adolescente, em Foz do Iguaçu. Os agentes ainda procuram outro policial civil.
Além dos policiais, foram presos barqueiros, batedores quem escolta cargas ou vigia locais e transportadores. Eles responderão por contrabando, formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva. As penas podem chegar a oito anos de prisão.
A quadrilha era monitorada pela PF desde 2005. Neste período, os policiais conseguiram apreender R$ 2,3 milhões em mercadorias. A operação foi batizada de Ouro Negro porque PF acreditava que o grupo era especialista no contrabando de pneus.
A PF cumpriu 43 mandados de busca e 29 de prisão, todos expedidos pela 1.ª Vara da Justiça Federal de Foz. Também foram feitas apreensões e prisões em Pato Bragado, São José das Palmeiras, Francisco Beltrão, Santa Helena e São Miguel do Iguaçu.
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