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Subiu para 32 o número de prisões efetuadas pela Polícia Federal nesta quinta-feira (28), durante a Operação DirtyNet. Os detidos são acusados de pertencer a uma quadrilha internacional que compartilhava material de pornografia infantil na internet. Segundo a PF, também foram apreendidos computadores, arquivos em HD e pen drives, além de câmeras. Três pessoas foram presas no Paraná.

A operação está sendo realizada em 11 Estados e no Distrito Federal. Foram cumpridos 50 mandados de busca e apreensão nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Ceará, Pernambuco, Maranhão, Rio Grande do Norte e no Distrito Federal.

Além de três prisões no Paraná, cinco pessoas foram presas no Rio Grande do Sul, cinco no Rio de Janeiro e outras cinco em Minas Gerais; nove prisões ocorreram em São Paulo, duas no Maranhão e uma pessoa foi presa em casa um dos estados do Ceará, Bahia e Espírito Santo. Segundo a PF, ainda há uma pessoa foragida.

De acordo com o relatório da polícia, os integrantes do grupo trocavam arquivos contendo cenas degradantes de adolescentes, crianças e até bebês em contexto de abuso sexual. Além da troca de arquivos, foram identificados ainda relatos de outros crimes praticados pelos envolvidos contra crianças, inclusive com menção a estupro cometido contra os próprios filhos, sequestros, assassinatos e atos de canibalismo.

A Polícia Federal repassou informações da operação para autoridades estrangeiras, que resultaram, ainda nesta quinta-feira, em ações de combate à divulgação de pornografia infantil no Reino Unido e na Bósnia e Herzegovin.

A próxima fase da Operação, diz a PF, é identificar as vítimas e os crimes cometidos. O material passará por uma perícia para comprovar se há indício de produção das imagens, ou seja, de abuso e estupro de vulnerável.

Paraná

Dois acusados foram presos em Curitiba, um deles em flagrante porque foram encontradas imagens de abuso a crianças na casa do suspeito. A terceira prisão aconteceu em Foz do Iguaçu, na região Oeste. Na casa de um homem de 39 anos foram encontradas "mídias digitais com os conteúdos de cunho pornográfico infantil".

Além dessas duas cidades, foram efetuadas buscas em residências nos municípios de Guaíra e Maringá. No entanto, de acordo com informações da PF, não foi comprovada a existência desses arquivos em Maringá.

O Rio Grande do Sul é a base da operação e responsável pela maior parte da investigação do caso. Em apenas um dos mandados cumpridos em Porto Alegre, a polícia apreendeu mais de 5,7 mil fotos e diversos vídeos.

Rio

No Rio, duas pessoas foram presas em flagrante em cumprimento dos mandados, segundo a PF. Os mandados foram cumpridos em São Gonçalo, sendo um mandado de busca e apreensão, e em Nova Iguaçu onde uma pessoa foi presa e um mandado de busca e apreensão foi cumprido.

Espírito Santo

Foi cumprido um mandado de busca e apreensão no município da Serra, no Espírito Santo, que resultou na prisão do estudante R.S.H, de 19 anos. Segundo a PF, em seu computador foram encontrados vários arquivos de fotos e vídeos, envolvendo exploração sexual de criança. O estudante durante a busca acabou confessando que tinha acesso à rede privada, onde obteve os arquivos criminosos. De acordo com a PF, o jovem pagou fiança e responderá ao processo criminal em liberdade.

DirtyNet

Há seis meses a Policia Federal monitora redes privadas de compartilhamento de arquivos na internet, onde foram detectadas intensas trocas de material de cunho sexual envolvendo crianças e adolescentes. Os suspeitos, integrantes de um mesmo grupo, valendo-se da suposta condição de anonimato na rede, trocavam milhares de arquivos contendo cenas degradantes de adolescentes, crianças e até bebês em contexto de abuso sexual.

Os alvos brasileiros compartilhavam material de pornografia infantil ainda com outros usuários da internet em mais 34 países - Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Bósnia, Canadá, Chile, Colômbia, Croácia, Emirados Árabes Unidos, Equador, Estados Unidos, Filipinas, Finlândia, França, Grécia, Indonésia, Iran, Holanda, Macedônia, México, Noruega, Peru, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Rússia, Sérvia, Suécia, Tailândia e Venezuela. A Polícia Federal já comunicou através da Interpol os países envolvidos para que os seja dado prosseguimento às investigações a fim de identificar todos os envolvidos.

As ordens judiciais foram cumpridas nas cidades de Porto Alegre, Esteio e Santa Maria (RS), Belo Horizonte, Montes Claros, Uberaba, Uberlândia, Varginha e Divinópolis (MG), Curitiba, Foz do Iguaçu, Maringá e Guaíra (PR); Fortaleza (CE); Natal (RN); Rio de Janeiro, Niterói e Nova Iguaçu (RJ); São Paulo, Santos, São José dos Campos e Piracicaba (SP); Recife (PE); Salvador (BA); São Luís do Maranhão (MA); Vitória (ES) e Brasília (DF).

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