Cinco pessoas foram presas até o final da tarde desta terça-feira (26) na continuidade da "Operação Tolerância Zero", deflagrada pela Polícia Federal do Paraná no Assentamento Celso Furtado, localizado no município de Quedas do Iguaçu. Elas são acusadas de participar de um esquema de extração ilegal e comercialização de madeira do local. A PF ainda atua para cumprir outros 15 mandados de prisão relacionados ao caso.
De acordo com a Polícia, os criminosos expulsavam famílias assentadas de seus lotes e, em associação com madeireiros da região, extraiam, vendiam e processavam ilegalmente madeira do assentamento. O esquema é semelhante ao desbaratado pela PF na primeira fase da Operação, realizada em novembro do ano passado, quando 15 pessoas foram presas e 35 madeireiras foram interditadas.
"Um grupo, aproveitando-se da ausência daquelas pessoas que foram presas na primeira fase da Operação, continuaram com a prática criminosa", disse o delegado da Polícia Federal em Cascavel, Algacir Maklocski.
Os presos não tiveram suas identidades reveladas e, segundo a PF, são receptadores ou faziam a extração da madeira. Eles foram encaminhados à 15ª SDP de Cascavel. Apesar de o caso ocorrido em uma área do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), nenhum dos envolvidos é integrante do grupo.
O assentamento
Com 23,7 mil hectares, o Assentamento Celso Furtado é um dos maiores do país. No local, residem cerca de 1.097 famílias do MST, distribuídas em 13 comunidades. A área constitui patrimônio da União, onde se localizam espécies protegidas de araucária. Apesar de protegida legalmente, a floresta já teve aproximadamente metade de sua área devastada, segundo a PF.
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