A Polícia Federal (PF) de Curitiba prendeu, na manhã desta sexta-feira (29), o jovem acusado de desenvolver um programa de computador para fazer falsificação de dinheiro, em um esquema que já havia detido 18 pessoas no dia 20 de janeiro, durante a Operação Moeda Falsa. A prisão ocorreu em Colombo, na região metropolitana. Segundo a PF, até essa operação não havia informações no Brasil de uma quadrilha que usasse um esquema tão moderno e que produzisse cópias tão perfeitas.
A PF não divulgou o nome do acusado preso nesta sexta, apenas as iniciais R.F. O jovem tem 23 anos. O mandado de prisão preventiva foi cumprido pela PF e o preso não tem prazo para ser liberado. Ele está à disposição da Justiça na sede da PF em Curitiba. De acordo com a Polícia Federal, além de produzir o software para a falsificação, o rapaz desenvolveu uma técnica de serigrafia para fazer o acabamento das notas falsas. Esse método foi passado para terceiros, que foram presos no dia 20.
As 18 pessoas presas no dia em que a operação foi deflagrada foram acusadas de montar um esquema de produção e distribuição de dinheiro falso em Curitiba e região metropolitana, que já estava se expandindo para São Paulo e Santa Catarina. Estima-se que o grupo produziu mais de R$ 3,5 milhões em notas falsas. As cópias foram consideradas praticamente perfeitas. A quadrilha era especializada na produção de notas de R$ 100, mas também trabalhava com cédulas de R$ 50.
Na casa do jovem de 23 anos, a polícia encontrou scanners e impressora da mesma marca e modelo das apreendidas durante a Operação Moeda Falsa. As impressoras eram usadas para imprimir o dinheiro falso. Segundo o Banco Central, das 15.687 cédulas falsas recolhidas no Paraná, 10.568 circulavam em Curitiba.