Um homem foi preso ontem em Rio Branco do Sul, na região metropolitana de Curitiba, acusado de liderar um esquema de fraude dos benefícios do Ins­tituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo a Polícia Federal (PF), o suspeito agia havia mais de dez anos como procurador e intermediário de benefícios nas agências do INSS de Curitiba e região metropolitana.

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De acordo com a PF, o acusado utilizava documentos falsos, com nomes e dados fictícios, para tentar liberar benefícios. Documentos que comprovariam a fraude foram apreendidos ontem. A identidade do acusado não foi revelada.

A PF apurou que endereços e informações falsas sobre a renda dos supostos beneficiários eram prestadas ao INSS. Para que não houvesse a necessidade de comprovar o endereço, os beneficiários eram declarados como ciganos. Por isso a operação foi batizada como "Zíngara", que quer dizer "ciga­­no" em italiano. O benefício de amparo ao idoso era um dos mais utilizados na fraude, pois era mais fácil encaixar as identidades fictícias nas características do auxílio. Esse benefício é concedido aos idosos com mais de 65 anos e que não têm condições de assegurar sua sobrevivência. O valor mensal do auxílio é de um salário mínimo.

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A Justiça Federal determinou a suspensão cautelar de 14 benefícios previdenciários cujas concessões eram fraudulentas. A PF ainda não calculor o valor do prejuízo aos cofres públicos. Os envolvidos responderão por estelionato e formação de quadrilha, cujas penas podem variar de 1 a 5 anos de prisão. Segundo a PF, as investigações não apontaram a participação de servidores do INSS no esquema.